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Sarkozy fala em aproximar França e América Latina

Candidato conservador à presidência comentou também sobre o Brasil. Nicolas Sarkozy disse, porém, que suas prioridades serão África e Mediterrâneo.

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O candidato da direita à Presidência da França, Nicolas Sarkozy, elencou suas opiniões políticas num novo livro cujo título, "Juntos", contrasta com sua imagem de elemento de discórdia, que segundo alguns pode custar a ele a vitória.

O livro de 159 páginas tem como capa uma foto de Sarkozy diante da bandeira nacional, no espírito do debate lançado por ele sobre a identidade nacional. "Queria que o povo francês conhecesse meus valores, minha concepção de política e do exercício do poder, minha ambição para a França ... e a forma como governarei o país se for eleito", disse Sarkozy na segunda-feira, numa entrevista coletiva para apresentar o livro.

"Quis um texto bem pessoal. É uma carta ao povo francês ... Ela expressa o que vai no meu coração, minhas convicções", disse o presidenciável. Seu livro anterior, "Testemunho", surpreendeu e tornou-se um best-seller no ano passado.

Os políticos franceses costumam usar livros para mostrar que têm credibilidade e peso político para ocupar a Presidência. Os principais adversários de Sarkozy também publicaram livros antes do primeiro turno, marcado para 22 de abril.

A socialista Sègoléne Royal detalhou seus planos em "Agora", enquanto o centrista François Bayrou chegou à lista dos mais vendidos com "Projeto de Esperança".

Em "Juntos", Sarkozy promete fazer um capitalismo humanizado, e prevê a realização de reformas profundas. Sarkozy, filho de um imigrante húngaro, vem sendo atacado por Royal e Bayrou por sua promessa de criar um ministério dedicado à imigração e à identidade nacional, e também por sua forte resposta aos tumultos numa estação de trem na semana passada.

Para o analista Richard Arzt, da rádio RTL, Sarkozy está tentando ressuscitar a divisão entre direita e esquerda no país para neutralizar o centrista Bayrou, que vem avançando e pode chegar ao segundo turno, que será disputado no dia 6 de maio.

"A partir dessa posição, ele pode faturar com temas unificantes, como a afirmação de que, se eleito, vai garantir a paridade entre homens e mulheres no governo", disse Arzt.

Embora num primeiro momento tenha de mobilizar os eleitores de direita, Sarkozy já está pensando no segundo turno, quando terá de ampliar suas promessas. O livro tenta projetar o presidenciável como um nome experiente, por ter sido titular do Ministério do Interior, e capaz de reerguer o país, abalado pelo desemprego e pelo crescimento lento e ainda se acostumando à globalização.

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