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Sarkozy foi incisivo com o império chinês ao dizer que é "tarefa de um presidente francês encontrar todos os vencedores de prêmio Nobel da Paz que queiram encontrá-lo" | Charles Platiau / Reuters
Sarkozy foi incisivo com o império chinês ao dizer que é "tarefa de um presidente francês encontrar todos os vencedores de prêmio Nobel da Paz que queiram encontrá-lo"| Foto: Charles Platiau / Reuters

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, criticado pela China por sua reunião com o Dalai Lama no final de semana, disse nesta segunda-feira que não se arrepende do encontro.

Sarkozy despertou raiva na China ao se encontrar com o Dalai Lama, que é considerado pelo governo de Pequim como um separatista. Os chineses cancelaram uma conferência com a União Européia que aconteceria na França na semana passada como protesto pelo encontro.

O presidente francês encontrou o líder espiritual tibetano exilado em uma cerimônia com vencedores do prêmio Nobel da Paz na Polônia. Ele tinha evitado um encontro durante os Jogos Olímpicos de Pequim, em agosto, quando o Dalai Lama visitou a França.

"A tarefa de um presidente francês é encontrar todos os vencedores de prêmio Nobel da Paz que queiram encontrá-lo, quaisquer que sejam suas origens, suas convicções, ou as causas que defendem", disse Sarkozy, em discurso para comemorar os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Sarkozy, cujo país ocupa a Presidência rotativa da União Européia até o final do ano, compareceu à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, em agosto, atraindo críticas dos ativistas que criticam o histórico da China em relação aos direitos humanos.

"Eu fui aos Jogos Olímpicos na China por ser um evento importante que os chineses organizaram perfeitamente e que foi um sucesso", disse Sarkozy.

"Eu não me arrependo nem um pouco de ter representado a Europa lá, já que fui com o consentimento dos outros 27 chefes de Estado e de governo do bloco", acrescentou.

Sem se referir de forma direta à China, Sarkozy disse que os países ocidentais enfrentam um dilema ao lidar com regimes autoritários que não defendem os direitos humanos.

"Entre todas as dificuldades de ser presidente de um grande país como a França, a questão da melhor maneira para se conversar sobre os direitos humanos certamente tem sido a que me levou às maiores dúvidas e indecisões", disse.

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