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Uma corte de apelações de Riad rejeitou e se recusou a reconhecer a decisão de outro tribunal que aceitara que um homem de 47 anos se casasse com uma menina de 8 anos, de acordo com um parente da criança citado pela rede CNN nesta quarta-feira (25).

Segundo a legislação do país do Oriente Médio, a decisão da corte de apelações não anula automaticamente o polêmico casamento, mas mantém em aberto a possibilidade de anulação da união.

Defensores dos direitos humanos comemoraram a decisão judicial.

"Acho que isso aconteceu por causa da mãe, porque ela se recusou a aceitar o veredicto, porque ela desafiou o tribunal e levou o apelo à corte", disse Wajeha Al-Huwaider, defensor dos direitos civis na Arábia Saudita. "Eu realmente admiro a mãe por causa disso", acrescentou.

Al-Huwaider, co-fundador da Sociedade de Defesa dos Direitos das Mulheres na Arábia Saudita, disse que a atual situação do caso pode ser considerada uma vitória, mas advertiu que há muito ainda a ser feito. A instituição alerta que os casamentos "fazem as crianças perderem o senso de segurança e destroem a sensação de ser amadas e cuidadas, provocando problemas psicológicos e grave depressão".

Agora a corte de apelações devolverá o caso ao tribunal em Onaiza que analisou o caso inicialmente. O juiz terá que decidir se mantém o veredicto original ou se o casamento será desfeito.

O casamento de crianças com adultos é uma questão que vem preocupando o reino. Zuhair al-Harithi, porta-voz da Comissão de Direitos Humanos Saudita, grupo ligado ao governo, disse que as autoridades têm o compromisso de lutar contra o casamento infantil.

"A prática viola acordos internacionais que foram assinados pela Arábia Saudita e não devem ser permitidos", declarou.

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