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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse nesta sexta-feira que, caso alguma coisa aconteça com ele, o presidente dos EUA, George W. Bush, deveria ser apontado como o responsável.

A declaração foi dada após um importante pastor evangélico dos EUA ter defendido que o governo de seu país assassinasse o líder venezuelano.

Chávez, um ex-soldado que freqüentemente acusa o governo americano de planejar matá-lo, reagiu às declarações feitas pelo pastor conservador Pat Robertson. Na segunda-feira, Robertson disse que as autoridades dos EUA deveriam mandar executar o dirigente venezuelano.

O pastor acabou se desculpando, mas os comentários dele serviram para afastar ainda mais os EUA da Venezuela, um de seus maiores fornecedores de petróleo. As desavenças entre os dois países começaram em 1998, com a eleição de Chávez.

- Ele (Robertson) estava expressando o desejo da elite dos EUA. Se algo acontecer comigo, o homem responsável será George W. Bush. Ele terá sido o assassino - afirmou o presidente da Venezuela.

- Isso é puro terrorismo.

O pastor, fundador da Coalizão Cristã e líder da direita cristã que deu apoio a Bush, disse que, se Chávez "acha que nós estamos tentando assassiná-lo, acho que deveríamos realmente seguir em frente e fazer isso".

Na quarta-feira, Robertson desculpou-se pela declaração. O governo americano manteve-se em silêncio apesar dos apelos da Venezuela e de líderes religiosos para que Bush criticasse os comentários feitos pelo pastor.

As relações entre os EUA e a Venezuela pioraram bastante depois de Chávez ter sobrevivido a uma tentativa de golpe, em 2002. O dirigente venezuelano disse que o golpe foi planejado e custeado por autoridades americanas. Desde então, líderes dos dois países trocam acusações com freqüência.

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