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Conflito árabe

Secretário da ONU rejeita proposta de presidente sírio

Bashar Assad propôs uma conferência de reconciliação com oposicionistas, mas não admite se afastar do poder

Moradores de Aleppo, cidade que virou campo de batalha, reagem após míssil provocar a morte de civis | Muzaffar Salman/Reuters
Moradores de Aleppo, cidade que virou campo de batalha, reagem após míssil provocar a morte de civis (Foto: Muzaffar Salman/Reuters)

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, se disse desapontado ontem com a rejeição do presidente sírio, Bashar Assad, aos diálogos de paz para pôr um fim à guerra civil que assola o país há quase dois anos.

O discurso feito por Assad no último domingo propõe uma conferência de reconciliação entre seu governo e "aqueles que não traíram a Síria". A oposição rejeitou a proposta, dizendo que esta objetiva destruir os esforços diplomáticos para acabar com a guerra civil.

Ban acusou o discurso de Assad de "não contribuir com uma solução que poderia pôr fim ao terrível sofrimento do povo sírio", segundo nota lida pelo porta-voz da ONU, Martin Nesirky. "O discurso rejeitou o elemento mais importante da reunião [da ONU] de Genebra de 30 de junho de 2012, a saber, uma transição política e o estabelecimento de um governo de transição com poderes executivos soberanos que incluíssem representantes de todos os sírios", prosseguiu o porta-voz.

O documento final da reunião de Genebra acabou sendo vetado por Rússia e China, aliados do regime de Assad.

Nesirky disse que o enviado da ONU e da Liga Árabe para a mediação do conflito, Lakhdar Brahimi, se reuniu no domingo com o presidente da Coalizão Nacional Síria, Moaz Alkhatib, que congrega os principais grupos de oposição a Assad. Brahimi ainda se reuniria com o premiê e o chanceler do Qatar ontem, e hoje com o ministro de Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi.

Brahimi ainda está tentando organizar um encontro entre representantes diplomáticos dos EUA e Rússia, de acordo com o porta-voz da ONU. Divergências entre os dois países têm travado a discussão do Conselho de Segurança – enquanto americanos e europeus querem a saída imediata de Assad do poder, Moscou, aliada do regime, defende a presença de representantes do governo atual na transição.

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