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Opositora de Maduro

Secretário de Estado dos EUA chama María Corina de “Dama de Ferro venezuelana” em lista da Time

A líde opositora venezuela María Corina Machado (Foto: EFE/ Miguel Gutiérrez)

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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, chamou a líder opositora María Corina Machado de “Dama de Ferro venezuelana” em um artigo publicado nesta terça-feira (15) pela revista Time, que a incluiu na lista das cem pessoas mais influentes do mundo em 2025. Segundo Rubio, Machado representa “a personificação da resiliência, da tenacidade e do patriotismo” e permanece como símbolo da luta por uma Venezuela livre e democrática, mesmo diante da perseguição imposta pelo regime de Nicolás Maduro.

Rubio afirmou que conheceu María Corina há mais de uma década e que, desde então, ela nunca se desviou do seu propósito: “deixar para seus filhos Ana Corina, Ricardo, Henrique e para as crianças da Venezuela um país livre da tirania”. O secretário de Estado destacou o lema “Hasta el final (Até o Final)” como resumo do legado de Machado e elogiou sua atuação durante o último ano, quando enfrentou, segundo ele, “desafios sem precedentes” diante dos esforços do regime chavista para “minar a vontade do povo venezuelano”.

“A mulher de fé que marcha pelas ruas da sua pátria com o terço na mão e apoiada por inúmeros venezuelanos corajosos permaneceu firme contra tudo, defendendo a terra de Bolívar”, escreveu Rubio. “Sua liderança baseada em princípios é um farol de esperança que torna nossa região e o mundo um lugar melhor”, completou.

Através das redes sociais, María Corina agradeceu a homenagem e ressaltou que o reconhecimento é “um tributo aos milhões de venezuelanos que lutaram, muitas vezes em silêncio, sempre com coragem, pela dignidade, liberdade e justiça”. Em publicação na plataforma X, ela reafirmou seu compromisso com a causa democrática: “Não nos renderemos. Venezuela será livre! Hasta el final!”

Machado foi impedida de disputar a eleição presidencial de 2024, apesar de vencer com ampla vantagem as primárias da oposição. A inabilitação foi imposta pela Controladoria Geral da República, órgão controlado pelo chavismo. Diante da decisão arbitrária, o bloco opositor lançou Edmundo González Urrutia como candidato substituto, com apoio direto de María Corina.

Mesmo assim, o Conselho Nacional Eleitoral — também dominado pelo regime — proclamou a vitória de Maduro, em meio a denúncias de fraude e à rejeição internacional. Vários governos estrangeiros, inclusive os Estados Unidos, não reconheceram o resultado oficial. Em fevereiro, Rubio reafirmou a posição da Casa Branca: “Não há qualquer conversa sobre reconhecer Nicolás Maduro como líder legítimo da Venezuela”.

A inclusão de Machado na lista anual da Time ocorreu ao lado de figuras como o presidente Donald Trump, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, a presidente do México Claudia Sheinbaum e o empresário Elon Musk. A publicação destacou personalidades de impacto global divididas em seis categorias: líderes, ícones, artistas, titãs, pioneiros e inovadores.

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