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A sede do Departamento de Educação dos Estados Unidos fechará temporariamente nesta quarta-feira (12), em meio à incerteza sobre o futuro do órgão, que o presidente Donald Trump pretende encerrar.
Segundo informações divulgadas nesta terça-feira (11) pela agência Associated Press (AP), mais de 1,3 mil funcionários serão demitidos do órgão, o que representa cerca da metade da força de trabalho atual do Departamento de Educação. A medida faz parte do plano do governo Trump de reduzir a burocracia federal e transferir mais autoridade aos estados em relação à educação.
De acordo com um comunicado interno obtido pela emissora americana CBS News, os funcionários receberam a orientação de deixar todos os escritórios do departamento em Washington até as 18h desta terça-feira (19h no horário de Brasília), levando consigo seus laptops. O acesso será restrito durante toda a quarta-feira por razões descritas apenas como "motivos de segurança".
A secretária de Educação, Linda McMahon, afirmou que a redução no quadro de funcionários é coerente com a política do governo de tornar o departamento mais eficiente, enxuto e focado diretamente em seus objetivos principais.
"A redução anunciada hoje reflete o compromisso do Departamento de Educação com eficiência, responsabilidade e garantia de que os recursos sejam direcionados para onde mais importam: estudantes, pais e professores", disse McMahon em nota.
A decisão de fechar temporariamente a sede do departamento ocorre no momento em que a administração Trump avalia assinar, segundo a mídia americana, uma ordem executiva que abrirá caminho para encerrar definitivamente o órgão. Durante sua campanha presidencial, Trump falou sobre eliminar o Departamento de Educação, acusando-o de estar sob controle de "radicais, fanáticos e marxistas".
Apesar das preocupações levantadas por adversários políticos sobre possíveis impactos negativos na educação e nos direitos civis dos estudantes, especialmente aqueles com deficiência, o Departamento garantiu que suas funções principais, como distribuição de verbas federais e gerenciamento dos empréstimos estudantis, continuarão sendo realizadas normalmente.
Como parte da estratégia de corte de custos, também foi anunciado o encerramento de aluguéis de escritórios regionais do Departamento em cidades importantes como Nova York, Boston, Chicago e Cleveland.
Até agora, o Departamento de Educação já havia reduzido o quadro de pessoal por meio de programas de demissão voluntária e desligamento de empregados em período probatório. Em fevereiro deste ano, o jornal The Wall Street Journal antecipou que as ações faziam parte do esforço mais amplo do presidente Trump para reduzir significativamente o tamanho do governo federal, cumprindo promessas feitas aos seus eleitores.







