A companhia de navegação da Malásia MISC Berhad informou neste sábado que outro de seus navios-tanque foi seqüestrado por piratas no Golfo de Áden, fora da costa do Iêmen, o segundo em 10 dias. Autoridades marítimas disseram que piratas somalianos podem estar por trás do ataque, no oitavo seqüestro bem sucedido na região desde 20 de julho.
A MISC informou que o MT Bunga Melati 5, carregado com 33 mil toneladas de petroquímicos, seguia para Cingapura, vindo de Yanbu, Arábia Saudita, quando foi atacado na noite de sexta-feira. O navio, cuja tripulação era de 36 malaios e cinco filipinos, navegava por um corredor de segurança patrulhado por uma coalizão de forças navais multinacional quando foi seqüestrado, disse a empresa.
"A embarcação tentou uma manobra de fuga antes de ser tomada pelos seqüestradores. As forças na adjacência foram alertadas, mas não conseguiram impedir o seqüestro, já que a segurança da tripulação a bordo é prioridade", afirmou a MISC, em comunicado.
Noel Choong, diretor do departamento de pirataria da Agência Marítima Internacional, sediada em Kuala Lumpur, confirmou o incidente e disse que acredita-se que os seqüestradores são piratas somalianos.
A entidade renovou o pedido para as Nações Unidas e a comunidade internacional, especialmente nações com navios de guerra na área, fazerem mais para acabar com os seqüestros nas águas africanas.
Piratas armados seqüestraram o primeiro navio-tanque de óleo de palma da MISC, o MT Bunga Melati Dua, em 19 de agosto, no Golfo de Áden, resultando na morte de um marinheiro filipino. As negociações para libertar outros tripulantes estão em andamento, segundo autoridades da MISC. As águas territoriais da Somália são um dos principais focos de pirataria marítima da atualidade. As informações são da Associated Press.



