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Apesar da trégua de 15 dias realizada entre o governo do Paraguai e as principais organizações de sem-terra, um grupo invadiu em uma fazenda administrada por brasileiros em Horqueta para evitar a fumigação com agrotóxicos. A notícia foi divulgada nesta segunda-feira (13) pelo jornalista Freddy Rojas, da rádio Pájaro campana. "Hoje, a fazenda Santa Herminia, propriedade de uma sociedade de agropecuaristas brasileiros, está ocupada por campesinos do povoado de Curuzú de Hierro para evitar a fumigação nas plantações de soja", afirmou Rojas.

Ainda segundo Rojas, há uma débil trégua dos sem-terra em geral, esperando que o presidente Fernando Lugo consiga recursos para iniciar a reforma agrária prometida em sua campanha eleitoral. Alberto Alderete, diretor do Instituto de Desenvolvimento Rural e da Terra (Indert), afirmou que a trégua segue em vigor. Ele disse que o governo espera começar a reforma "nas próximas semanas".

Juan Néstor Núñez, diretor da Associação Rural do empresariado, exigiu novamente garantias do governo "para produzir em paz". "Continuam as ameaças de campesinos que desejam invadir umas 50 fazendas nos departamentos (Estados) de San Pedro, Concepción e Kanindeyú." Os sem-terra argumentam que os agrotóxicos contaminam o solo, o ar e os cursos d'água.

Segundo o jornalista, há 150 sem-terra concentrados na porta de outra fazenda, de propriedade de um paraguaio, ameaçando invadir o local se Lugo não fizer a reforma agrária. Belarmino Balbuena, um dos líderes da principal organização de campesinos do país, a esquerdista Mesa Coordenadora de Organizações Campesinas (MCNOC) afirmou que outros 200 sem-terra estão acampados perto de outra propriedade agrícola, também para pressionar pelas mudanças. "Se Lugo tem vontade, fará a reforma, porque dinheiro pode obter hoje mesmo se quiser, diminuindo a burocracia estatal.

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