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O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira (14) a continuidade da tramitação de um projeto de lei para financiamento do governo federal até o final de setembro, poucas horas antes do prazo (zero hora de sábado) para que a matéria seja aprovada, o que evitaria uma paralisação da gestão do país.
Foram 62 votos favoráveis à continuidade da tramitação e 38 contrários. O projeto precisava de ao menos 60 votos para seguir tramitando e agora precisa ser aprovado no plenário. No início da semana, a Câmara já havia dado aval à proposta.
A aprovação da tramitação é um indicativo de que o projeto em si também deve receber sinal verde no Senado, após dias tensos, em que integrantes da oposição democrata manifestaram a intenção de bloquear a proposta. O presidente Donald Trump disse que, se ocorrer uma paralisação do governo, “a culpa será dos democratas”.
O jogo começou a virar na quinta-feira (13), quando o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, disse que votaria a favor do projeto.
“Acredito que seja a melhor maneira de minimizar os danos que o governo Trump causará ao povo americano”, reafirmou Schumer nesta sexta-feira pela manhã, segundo informações da CNN.
“A proposta é um projeto de lei ruim, mas por pior que seja, acredito que permitir que Donald Trump ganhe ainda mais poder por meio de uma paralisação do governo é uma opção muito pior”, argumentou o democrata.
A posição de Schumer gerou críticas de democratas mais à esquerda na Câmara e no Senado. Porém, dez senadores democratas votaram a favor da tramitação, viabilizando os votos necessários para que a matéria prossiga para apreciação final da casa.
Apenas um senador republicano, Rand Paul, do estado de Kentucky, votou contra a continuidade da tramitação.
Na sua rede social, Truth Social, Trump elogiou o líder democrata por apoiar a proposta. “Parabéns a Chuck Schumer por fazer a coisa certa — foi preciso coragem!”, escreveu o presidente, que acrescentou que “grandes cortes de impostos, o combate aos incêndios em Los Angeles, o projeto de lei do teto da dívida e muito mais estão chegando”.
