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Paraguai

Senado paraguaio não vota renúncia de presidente

Horácio Cartes poderá ter de permanecer no cargo até 15 de agosto. Oposição vai tentar impedir que assunto seja discutido

Falta de quórum no Senado paraguaio impediu que o pedido de renúncia do presidente Horacio Cartes fosse votado | NORBERTO DUARTE/AFP
Falta de quórum no Senado paraguaio impediu que o pedido de renúncia do presidente Horacio Cartes fosse votado (Foto: NORBERTO DUARTE/AFP)

O presidente paraguaio, Horacio Cartes, poderá ter de permanecer no cargo até o final, em 15 de agosto, uma vez que o Senado não reuniu o quorum suficiente para votar a aceitação ou a rejeição de sua renúncia.

O presidente do Congresso, o ex-presidente Fernando Lugo, seu principal adversário político, disse que uma nova sessão tem de ser pedida pelo presidente. "Cumpriremos as formalidades de convocar o Congresso tantas vezes quanto forem necessárias". 

Porém, acrescentou que seu partido, o esquerdista Frente Guasu, que ele lidera, tem a intenção de não dar quorum —a fim de que a renúncia não seja aceita. 

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A sessão, iniciada na manhã desta quarta-feira (30), teve quorum entre os deputados, com a presença de 50 dos 80 parlamentares, mas não no Senado, onde apareceram apenas 13 dos 45 senadores. Segundo a lei, é necessária a aprovação em ambas as casas. Desta forma, a sessão foi cancelada. 

A intenção de Cartes é a de assumir como senador eleito em 1º de julho, e assim ficar com um cargo em que teria mais peso político do que como senador vitalício, posto honorário sem muita autonomia que se outorga a todo ex-presidente. Seu mandato como senador eleito iria até 2023, o que reforçaria a bancada do Partido Colorado. 

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Até o momento, Cartes não se pronunciou, ainda que, até a tarde de terça-feira (29), a TV paraguaia mostrasse que os caminhões de mudança já estavam retirando seus pertences da residência oficial. 

Se esta situação se mantiver, Cartes não terá outra opção senão a de repetir o destino de Nicanor Duarte Frutos, que em 2008 tentou deixar assim a Presidência e assumir como senador eleito. O Congresso não permitiu, ele apelou à Corte Suprema, mas esta também concordou que a movimentação era inconstitucional.

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