Moscou A Justiça russa condenou à prisão perpétua o "serial killer" Alexander Pichushkin, conhecido como "Assassino do Xadrez", por 48 homicídios e 3 tentativas de assassinato. O juiz Vladimir Usov justificou o veredicto por sua "extraordinária periculosidade para a sociedade".
Um júri popular já o havia declarado culpado das mortes, em sua maioria cometidos no parque de Bittsa, em Moscou, com a ajuda de um martelo. Apesar dos pedidos dos familiares das vítimas, o assassino não foi condenado à morte, pena que inexiste na Rússia desde 1996.
Aos 33 anos, ex-funcionário de um supermercado, ele reconhece sua culpa, mas não se arrepende e insiste em que assassinou 60 pessoas, o que ainda está sendo investigado pela Promotoria. Além disso, a pedido do procurador de Moscou, o juiz estabeleceu que o condenado terá que fazer um tratamento psiquiátrico obrigatório, mas ressaltou que o "maníaco homicida sádico" definição dada pelos psiquiatras que o trataram estava em pleno uso de suas faculdades mentais quando cometeu os assassinatos.
A maioria das vítimas do "Assassino do Xadrez" eram alcoólatras persuadidos pelo criminoso com o pretexto de dividir uma garrafa de vodca. Pichushkin cometeu a maioria de seus crimes com a ajuda de um martelo, com o qual batia em suas vítimas até a morte, e depois jogava o corpo em poços de águas e esgoto.
Ele tem um prazo de dez dias para recorrer da decisão judicial. "Não estou surdo", foram as únicas palavras de Pichushkin, enquanto seu advogado respondia aos jornalistas que ainda não tinha discutido essa possibilidade com seu cliente.
Durante o processo judicial iniciado em 13 de agosto deste ano, Pichushkin confessou que queria chegar a 64 assassinatos, o mesmo número de casas de um tabuleiro de xadrez daí seu apelido.
Pichushkin foi preso pela Polícia em sua casa em julho de 2006 com a arma do crime na mão um martelo de carpintaria e um tabuleiro de xadrez com quase todas as casas cobertas com moedas. A Polícia chegou a Pichushkin poucos dias depois, graças à mensagem de uma secretária eletrônica na qual uma das vítimas dizia ao filho com quem e onde ia passear, e dava o número de telefone de seu acompanhante, que seria o assassino.



