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O Serviço de Segurança da Suécia alertou nesta terça-feira (11) que a Rússia representa neste momento a principal ameaça ao país, destacando riscos de ataques militares, sabotagem, ciberataques e ações de inteligência hostis. A avaliação foi divulgada no relatório anual da agência, que classifica a situação da segurança nacional sueca como "grave" e sujeita a pioras em um cenário de "grande incerteza".
A diretora do órgão, Charlotte von Essen, enfatizou que o contexto internacional é “problemático” e pode mudar rapidamente, acarretando “consequências a longo prazo”.
“Existe um risco substancial de que a situação se deteriore mais e isso poderia ocorrer de uma maneira difícil de prever”, afirmou em comunicado.
O documento detalha que a Suécia enfrenta perigos tanto de agentes externos quanto de fatores internos. Além das ameaças híbridas russas — que incluem ataques cibernéticos e manipulação da informação —, há uma crescente preocupação com o “extremismo violento”. O Serviço de Segurança destaca que o país pode ser "usado" em disputas geopolíticas e aponta que tanto o terrorismo islâmico quanto a radicalização de “grupos nacionalistas” demandam “monitoramento constante”.
O relatório também chama atenção para a disseminação de discursos extremistas e teorias conspiratórias, bem como para o aumento do antissemitismo no país. Von Essen destacou a importância de acompanhar essas narrativas porque elas “minam a confiança no Estado”, já que podem levar à mobilização de “grupos radicais”, especialmente entre os jovens.







