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O tribunal especial que julga o ex-presidente do Iraque Saddam Hussein e sete de seus antigos colaboradores foi retomado nesta segunda-feira com a presença de todos os acusados, mas voltou a ser adiado até quarta-feira depois de apenas 90 minutos.

O ex-ditador e seus antigos auxiliares são acusados de estar envolvidos na morte de 148 iraquianos xiitas condenados à pena de morte em 1983 em um julgamento sumaríssimo onde foram declarados culpados de ter participado de uma tentativa de assassinato de Saddam na localidade de Duyail.

A sessão desta segunda-feira foi centrada em um debate entre a defesa e a promotoria sobre a autenticidade da assinatura de Saddam nas penas de morte.

A defesa de Saddam, presidida pelo advogado iraquiano Jalil Duleimi, pediu a intervenção de cinco especialistas internacionais para verificar a autenticidade da assinatura, enquanto o promotor Yafar Musavi insistiu que não era necessário.

O meio-irmão de Saddam, Barzan Ibrahim, que era chefe do serviço de inteligência do Iraque em 1983 e como tal assinou alguns dos documentos, reconheceu que rejeitou deixar sua assinatura para compará-la com as dos documentos com o argumento de que não tem confiança suficiente no tribunal.

Barzan Ibrahim também acusou o promotor de filtrar informações sobre os documentos e as polêmicas assinaturas dele e de seu meio-irmão, e disse que Musavi falou com a iraquiana Rádio Saua sobre as assinaturas quatro dias antes de retomar a sessão, no lugar de guardar esta informação para o tribunal.

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