Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Investigação

Sete empregados de hotel de Londres apresentam sinais de radiação

Sete empregados do bar do Hotel Millenium, em Londres, testaram positivo para contaminação por "níveis baixos" de polônio 210, a substância radioativa que matou o ex-espião da KGB Alexander Litvinenko, informou na tarde desta quinta-feira a rede ABC News. No hotel, Litvinenko havia se encontrado com três empresários russos antes de apresentar os sintomas de envenenamento.

"Os resultados preliminares recebidos de sete membros do quadro de funcionários do Pine Bar, no Millenium Hotel, no dia 1º de novembro, mostram que eles parecem ter sido expostos a níveis baixos de polônio 210'', disse a Health Protection Agency (Agência de Proteção à Saúde) em um comunicado.

Traços de radiação também já haviam sido detectados na embaixada britânica em Moscou. Os mesmos empresários teriam passado pelo local após o envenenamento se tornar público. Um dos empresários,

Dimitri Kovtun, foi interrogado nesta quinta-feira por autoridades russas, na presença de agentes britânicos. Kotvun e um amigo, companheiro Andrei Lugovoy, estiveram com Litvinenko no início de novembro.

Outro empresário da lista, Vyacheslav Sokolenko, que esteve em Londres em 1º de novembro - dia em que Litvinenko começou a se sentir mal - para assistir a uma partida de futebol, deverá ter atenção especial dos agentes da Scotland Yard que estão em Moscou para investigar o caso.

Promotores russos abriram formalmente nesta quinta-feira uma investigação criminal sobre o assassinato do ex-espião russo, que foi enterrado nesta quinta-feira no cemitério Highgate, em Londres, com um caixão especial para impedir contaminação.

Em nota oficial, o escritório da Promotoria-Geral disse que está lançando também investigação criminal sobre a tentativa de assassinato de Kovtun, que, segundo o órgão da Justiça russa, foi vítima de envenenamento por radiação.

O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse nesta quinta-feira que as relações entre a Rússia e a Grã-Bretanha não foram afetadas pela investigação do ex-integrante da KGB (a temida polícia secreta soviética).

Pouco antes de morrer, Litvinenko acusou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de estar por trás do envenenamento.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.