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Mais duas pessoas atearam fogo em seus corpos na Argélia, elevando para sete o número de tentativas de suicídios públicos no país na última semana, segundo informou a imprensa local nest quarta-feira. Os protestos imitam uma autoimolação ocorrida na vizinha Tunísia, estopim de protestos que resultaram na queda do ditador Zine El Abidine Ben Ali.

Uma mulher, na casa dos 50 anos, jogou em seu corpo um produto inflamável e tentou atear fogo em si mesma. Um funcionário local porém, conseguiu impedi-la. A vítima teve apenas um ferimento na mão. A mulher protestava em frente à Câmara Municipal em Sidi Ali Benyoub, a sudoeste de Argel, após não ter conseguido um auxílio-moradia.

Já um homem de 35 anos estava em estado grave após atear fogo em seu corpo na cidade de Dellys, perto da sede da prefeitura. O homem foi internado na noite de ontem. "Noventa por cento do corpo dele está coberto com queimaduras de terceiro grau", afirmou um funcionário do hospital à France Presse.

Autoridades locais disseram que o homem tinha problemas mentais e o caso dele não tinha relação com a onda de tentativas de suicídio na Argélia. Há crescente descontentamento contra a administração pública, o alto custo de vida e o desemprego no país. No começo do mês, protestos deixaram cinco pessoas mortas e mais de 800 feridos.

Tunísia

Em meados de dezembro, o tunisiano Mohamed Bouazizi, de 26 anos, ateou fogo ao seu corpo na Tunísia. Com diploma universitário, Bouazizi teve as frutas e verduras que vendia para sobreviver apreendidas pelo governo, por não possuir autorização. Ele acabou morrendo no hospital. O caso foi o estopim de um levante, forçando o presidente Ben Ali a fugir do país, após 23 anos no poder. Protestos similares foram registrados em outras partes do mundo árabe, incluindo o Egito, onde uma pessoa morreu ontem. As informações são da Dow Jones.

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