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Sete soldados sírios foram mortos por colegas desertores, e seis civis morreram baleados na quarta-feira (30), enquanto o governo do presidente Bashar al Assad mergulha mais fundo no isolamento, sofrendo agora duras sanções econômicas da Turquia. Parte da chamada Primavera Árabe, os protestos dos últimos nove meses contra Assad continuam sendo reprimidos com violência, e a situação agora parece estar descambando para uma guerra civil. Soldados têm desertado e usado suas armas para atacar tropas leais ao governo. A Turquia, maior parceira comercial da Síria, suspendeu todas as transações de crédito com Damasco e congelou os bens do governo sírio. A Liga Árabe já havia adotado no fim de semana sanções inéditas contra Assad, e os EUA conclamaram outras nações islâmicas a fazerem o mesmo. Também na quarta-feira, a Organização da Cooperação Islâmica, maior entidade muçulmana do mundo, pediu à Síria que "pare imediatamente o uso excessivo da força" contra seus cidadãos, como forma de evitar uma intervenção estrangeira. O Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede em Londres, disse que houve novos confrontos ao longo de todo o dia na localidade de Dael (sul), que teria sido invadida ao amanhecer por forças do governo. "Dois veículos das forças de segurança foram explodidos. Sete (soldados) morreram", disse Rami Abdel Rahman, chefe da ONG, acrescentando que 19 pessoas ficaram feridas, sendo 4 em estado grave. Um ativista da cidade disse que 30 ônibus chegaram trazendo agentes do governo, e que dois deles foram explodidos durante os combates contra os desertores. Um dos ônibus, no entanto, estava vazio. No norte da Síria, pelo menos seis civis foram mortos na repressão a uma manifestação na cidade de Idlib, segundo o Observatório.

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