Em uma atitude de desafio aos Estados Unidos, o site WikiLeaks vazou ontem um documento sigiloso da CIA, a agência de inteligência norte-americana, sobre os riscos de o país ser percebido no exterior como "berço e exportador de terrorismo".
O vazamento ocorreu apesar da forte pressão do Pentágono para que o fundador do site, o australiano Julian Assange, retirasse os 94 mil documentos militares sobre a guerra no Afeganistão divulgados em julho e os devolvesse aos EUA.
Com apenas três páginas, o documento vazado ontem foi escrito em fevereiro pela Célula Vermelha da CIA, uma área com carta branca da diretoria para provocar discussões e apontar alternativas aos desafios da agência. O texto chama a atenção para o risco de outros países se negarem a manter cooperação com os EUA no combate ao terrorismo pelo fato de cidadãos norte-americanos estarem engajados em organizações do terror.
"Em um primeiro momento, nós estivemos preocupados com a infiltração da Al-Qaeda para conduzir ataques terroristas nos EUA. Mas a Al-Qaeda pode estar aumentando a procura de americanos para operações em outros países", diz o documento. O texto lembra o caso dos cinco jovens norte-americanos de origem muçulmana, do Estado da Virgínia, presos no Paquistão em 2009, quando tentavam ingressar nas fileiras da Al-Qaeda.
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