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Sob apoio de Bukele, EUA enviam mais 17 criminosos para prisão de segurança máxima de El Salvador

Sob apoio de Bukele, EUA enviam mais 17 criminosos para prisão de segurança máxima de El Salvador
Militares retirando os detentos transferidos por um avião dos EUA (Foto: EFE/Gobierno de El Salvador)

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Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (31) o envio de mais 17 pessoas acusadas de integrar as organizações criminosas Tren de Aragua (TdA) e MS-13 (Mara Salvatrucha) para El Salvador. A ação, segundo o governo norte-americano, foi conduzida em cooperação com autoridades salvadorenhas e culminou com a transferência dos indivíduos para o Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT), uma prisão de segurança máxima que fica localizada no município de Tecoluca, que foi criada pelo presidente Nayib Bukele.

A operação foi confirmada em comunicado oficial do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.

“Na noite passada, em uma operação antiterrorista bem-sucedida com nossos aliados em El Salvador, o Exército dos Estados Unidos transferiu um grupo de 17 criminosos violentos das organizações Tren de Aragua e MS-13, incluindo assassinos e estupradores”, destacou Rubio.

Ainda segundo o comunicado, os Estados Unidos reiteraram o agradecimento ao presidente Bukele.

“Mais uma vez, expressamos nossa gratidão ao presidente (Nayib) Bukele e ao governo de El Salvador por sua colaboração incomparável para garantir a segurança de nossos países contra o crime transnacional e o terrorismo”, completou Rubio.

O presidente salvadorenho também se pronunciou. Por meio de sua conta na rede social X, Bukele disse: “Na noite passada, em uma operação militar conjunta com nossos aliados dos Estados Unidos, transferimos 17 criminosos extremamente perigosos vinculados ao Tren de Aragua e à MS-13.” Ainda em sua publicação, o líder centro-americano afirmou que “todos os indivíduos são assassinos confirmados e criminosos de alto perfil, incluindo seis estupradores de crianças.”

O grupo, que agora está sob custódia no CECOT, seria composto por indivíduos com histórico de crimes violentos. Essa prisão se tornou símbolo da política de “tolerância zero” contra o crime organizado em El Salvador, sendo criticada por organizações de direitos humanos, mas amplamente elogiada por setores de segurança pública que defendem ações firmes contra o terrorismo e o narcotráfico.

A deportação dos indivíduos seguiu o mesmo modelo de uma ação anterior, realizada em 15 de março, quando mais de 200 venezuelanos foram transferidos para El Salvador sob acusações de envolvimento com o Tren de Aragua. Na ocasião, os voos partiram do Texas, ignorando uma ordem judicial federal que havia suspendido a aplicação da antiga Lei de Inimigos Estrangeiros — criada em 1798, que foi invocada pelo presidente Donald Trump, para viabilizar deportações sumárias sem audiência prévia.

Mesmo com o bloqueio judicial mantido por um tribunal de apelações, a Casa Branca apresentou recurso à Suprema Corte para garantir que as deportações sumárias possam continuar. A gestão Trump tem criticado os juízes que barraram suas medidas e chegou a defender a destituição de alguns deles, numa postura que desafia abertamente a separação entre os poderes.

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