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No Parlamento norueguês

Sob os holofotes globais, opositora de Maduro envia mensagem de esperança para a Venezuela

A ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Maria Corina Machado, reage da sacada do Grand Hotel em Oslo, Noruega (Foto: EFE/EPA/JONAS BEEN HENRIKSEN)

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A vencedora do Nobel da Paz María Corina Machado visitou nesta quinta-feira (11) o Parlamento da Noruega, onde afirmou que o mundo apoia a oposição venezuelana e que espera retornar em breve ao seu país para compartilhar o prêmio com seus compatriotas.

"O mundo está conosco, não estamos sós. Este é um momento definitivo", declarou Machado aos meios de comunicação, de acordo com a agência norueguesa NTB, após ser recebida com um abraço pelo presidente do Parlamento norueguês, Masud Gharahkhani.

"Estou muito contente, muito honrada e muito agradecida a todos na Noruega", acrescentou, explicando que várias pessoas arriscaram suas vidas para que pudesse viajar à capital norueguesa.

"Este reconhecimento pertence a eles e em breve poderei levá-lo para casa. Então, muito obrigada", completou a líder opositora venezuelana, que após aterrissar de madrugada em Oslo saudou seus apoiadores da varanda do Grand Hotel e cantou com eles o hino nacional venezuelano.

A opositora também denunciou que a polícia venezuelana está parando jovens nas ruas e detendo-os se encontrarem em seus celulares notícias sobre o Nobel.

Ainda, ela denunciou que seu país "já foi invadido" por agentes russos e iranianos, grupos terroristas como o Hezbollah, e cartéis que operam livremente em conluio com o chavismo.

Por sua vez, Gharahkhani comentou que, para Machado, que vive na Venezuela em paradeiro desconhecido e não era vista em público desde janeiro deste ano, foi uma viagem "longa e perigosa", mas que, apesar de todas as dificuldades, a empreendeu porque quer "dar voz ao povo da Venezuela".

"É um prêmio para ela, mas também é um prêmio para o povo da Venezuela, onde foram realizadas eleições nas quais se pediu uma mudança que não foi aceita pelo regime brutal", destacou o presidente do Parlamento norueguês, em referência à ditadura de Nicolás Maduro.

Sobre as críticas pela escolha de Machado para o Nobel, Gharahkhani assinalou que o Nobel da Paz sempre é controverso, mas que é preciso reconhecer a luta que a opositora está travando.

Embora Machado não tenha chegado a tempo para a cerimônia de entrega nesta quarta-feira, onde seu discurso de aceitação foi lido por sua filha Ana Corina Sosa, está previsto que nesta quinta-feira a líder opositora fale aos meios de comunicação junto com o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Store, e mais tarde realize uma coletiva de imprensa.

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