
Subiu para 61 o número de mortos no incêndio do clube noturno Santika, em Bangcoc, na Tailândia, segundo a Phranakorn Center, uma agência oficial da cidade. A grande festa deveria marcar não apenas a chegada do ano-novo, mas a última celebração do famoso clube noturno antes que a discoteca se mudasse para um novo endereço. "Adeus Santika", dizia o pôster promocional.
Entre os mortos está um cidadão de Cingapura e pelo menos 35 estrangeiros ficaram feridos, incluídos cidadãos australianos, belgas, franceses, britânicos e norte-americanos, de acordo com informações oficiais. Uma contagem total do número de vítimas e suas nacionalidades não é esperada para antes de sete dias, porque pelo menos 30 corpos ficaram totalmente carbonizados e deverão ser identificados por meio de testes de DNA
A causa do incêndio está sob investigação, porém muitas testemunhas contaram que um painel eletrônico que marcava a chegada de 2009 pegou fogo. Outras testemunhas afirmaram que um homem levou fogos de artifício para o clube e acendeu alguns deles, o que teria provocado a tragédia
Um oficial graduado da polícia de Bangcoc, Pongsak Kaseman, ordenou uma investigação preliminar, que estará completa em três dias, e afirmou que a polícia irá fechar clubes noturnos e discotecas onde as normas de segurança não estiverem sendo respeitadas. Alguns destes locais foram descritos por moradores de Bangcoc como armadilhas mortais
O general da polícia tailandesa, Jongrak Jutanot, disse que uma investigação preliminar indica que o sistema de segurança do clube noturno estava "abaixo do padrão", mas não forneceu mais detalhes. O primeiro-ministro da Tailândia, Abhisit Vejjajiva, esteve nas ruínas da casa noturna hoje e depois foi ao hospital, onde visitou alguns feridos
Desespero
"Todo mundo ficou desesperado e empurrava para tentar sair o mais rápido possível pela porta principal. Eu vi gente, principalmente garotas jovens, serem empurradas e jogadas no chão, enquanto outros tentavam tirá-las do caminho para chegar às portas", disse Sompong Tritaweelap, que vive em um apartamento atrás do clube noturno. As vítimas morreram de queimaduras, inalação de fumaça e pisoteadas pela multidão.
Sompong contou que o incêndio tomou conta do clube noturno inteiro em dez minutos. "As pessoas gritavam por socorro de todas as janelas. Foi algo terrível de ver. Os cabelos e as roupas das pessoas pegavam fogo e não havia nada que pudesse ser feito para evitar que elas fossem queimadas", disse.



