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Quarenta pessoas morreram em uma cidade turística da Guatemala devido às chuvas provocadas pelo furacão Stan. Centenas estão desaparecidas, afirmam trabalhadores das equipes de resgate nesta quinta-feira. Não há notícias de que brasileiros estejam entre os mortos, cuja estimativa mais recente contabilizada 167 vítimas.

Benedicto Giron, porta-voz da Defesa Civil, disse que as mortes ocorreram em Santiago Atitlan, uma cidade localizada próxima a um lago, no Planalto Mayan, popular entre turistas americanos e europeus.

- Nós podemos confirmar 40 mortes em Santiago Atitlan - disse ele à Rádio Sonoro.

Ele não disse quantas pessoas estão desaparecidas, mas outros trabalhadores disseram à rádio que cerca de 800 estão sumidas.

Centenas de moradores se preparavam para enterrar os mortos no planalto da Guatemala. O alto nível das águas bloqueou os esforços das equipes de resgate nesta quinta-feira.

Funcionários de equipes de resgate lutam para chegar a cidades remotas, onde barrancos caíram e milhares de pessoas, que tiveram de deixar suas casas, procuram abrigos de emergência para se proteger da chuva que continua a assolar a região.

O número de mortos aumento nesta quarta-feira, depois que as águas das chuvas fizeram os rios do sul do México transbordarem e equipes de emergência encontraram dezenas de corpos enterrados em bancos de lama, em cidades remotas da Guatemala e El Salvador.

A medida que as equipes tentavam chegar às áreas inundadas para levar água potável, comida e kits de remédios, as autoridades estimavam que milhares de casas haviam sido destruídas na região.

- Eu estava igual a um verme, escorregando na lama - disse Alexander Flores, cuja casa no topo da capital de El Salvador, San Salvador, foi soterrada por dois metros de sujeira e pedras. - Eu só escutei dois gritos da minha mãe, dizendo 'Alex, alex', talvez para eu ajudá-la ou para tentar me salvar - disse ele.

Sua mãe, quatro crianças e um recém-nascido morreram.

Em Chiapas, estado no sul do México, imagens de televisão mostraram famílias cobertas de lama rezando e deixando suas casas, enquanto uma grande quantidade de água misturada com lama varria o local, levando cadeiras e geladeiras.Um helicóptero do Exército resgatou bebês, crianças pequenas e idosos. Seus familiares choravam.

A Guatemala registrou 79 mortes, mas o governo afirma que o número pode aumentar. Informações não confirmadas indicam que centenas de pessoas morreram em áreas isoladas no oeste do país.

El Salvador registrou 62 mortes e autoridades disseram que 21 pessoas morreram no México, Nicarágua e Honduras.A tragédia trouxe de volta a memória do furacão Mitch, que matou dez mil pessoas na América Central em 1998, principalmente em Honduras e na Nicarágua.

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