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Secessão

Sudaneses voltam ao sul do país para votar em referendo

População vai decidir uma possível secessão do maior país africano

Centenas de sudaneses rumavam para o Sul nesta quinta-feira (28), já em preparação para um importante referendo por meio do qual a população decidirá sobre uma possível secessão do maior país da África. Homens, mulheres e crianças aglomeravam-se em ônibus lotados com a bagagem equilibrada no teto dos veículos e seguiam para a região a partir de um bolsão estabelecido há cerca de 30 quilômetros de Cartum, a capital do Sudão.

"Nós já registramos 87 mil pessoas e cada vez mais pessoas estão partindo", disse Abdullah Kam, um funcionário do sul sudanês que supervisiona o regresso dos eleitores. "Hoje, 90 ônibus e 38 caminhões deixaram Cartum, elevando a 32 mil o número de pessoas que voltaram", acrescentou.

O sul do Sudão e o governo central de Cartum lutaram uma guerra civil de duas décadas, na qual 2 milhões de pessoas foram mortas. A guerra acabou em 2005 com um tratado de paz que estipulou que em janeiro de 2011 o sul poderá realizar um referendo para decidir se permanece como parte do Sudão ou se separa do país.

O governo central de Cartum é dominado por sudaneses de língua árabe e religião islâmica, enquanto os sulistas geralmente são cristãos e animistas e mais ligados às culturas africanas. Durante a guerra civil, mais de 1 milhão de sudaneses fugiram dos combates no sul e migraram para o norte.

O governo do sul sudanês teme que o norte não permita a secessão porque muitos campos petrolíferos estão no sul do país. As autoridades sulistas disseram que usarão trens, ônibus e caminhões para levar as pessoas de volta para suas casas, e que as famílias serão abrigadas em centros de recepção montados nas cidades até que aconteça o referendo. O governo do sul pediu ajuda internacional para abrigar os eleitores até o sufrágio. As preparações para o referendo, contudo, estão atrasadas e funcionários alertaram que sobra pouco tempo para completar tarefas críticas. As informações são da Associated Press

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