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O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, declarou toque de recolher na capital, Juba, nesta segunda-feira (16), depois de confrontos ocorridos durante a noite entre soldados de facções rivais que, segundo ele, foram desencadeados por uma "tentativa de golpe".

Kiir culpou os soldados leais a Riek Machar - que ele destituiu do cargo de vice-presidente em julho - pelo começo da luta na capital, a qual se estendeu pela manhã e depois se acalmou.

Os dois homens são de grupos étnicos diferentes, os quais já haviam entrado em confronto no passado. Machar disse que pretende concorrer à Presidência.

Tendo ao lado ministros e usando trajes de combate em vez das usuais roupas civis, Kiir declarou toque de recolher entre 18 horas e 6 da manhã, todas as noites, a começar desta segunda-feira.

Segundo Kiir, os confrontos irromperam depois que uma pessoa não identificada disparou tiros para o ar perto de uma conferência do partido governista.

"Isso foi seguido por um ataque à sede do Exército do Sudão do Sul perto da Universidade de Juba por um grupo de soldados aliados ao ex-vice-presidente doutor Riek Machar e seu grupo. Esses ataques continuaram até esta manhã", disse ele.

"Contudo, eu gostaria de informar a vocês, pra começar, que o governo está em pleno controle da situação da segurança em Juba."

Tiroteios e explosões eram ouvidos durante a noite pela cidade e se intensificaram pela manhã. Em grande parte os confrontos diminuíram por volta do meio dia. Testemunhas disseram que houve trocas esporádicas de tiros em algumas áreas e há forte presença militar na cidade.

Pelo menos 10.000 civis buscaram refúgio nas instalações da Organização das Nações Unidas (ONU) na capital, disse um funcionário que não quis se identificar.

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