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Tropas do Quirguistão patrulhavam nesta quarta-feira as ruas da cidade de Osh, no sul do país, para manter uma frágil paz entre os grupos étnicos depois de dias de violentos confrontos que forçaram dezenas de milhares de pessoas a fugir.

O Quirguistão, uma ex-república soviética de maioria muçulmana que abriga bases militares dos Estados Unidos e Rússia, tem estado envolvido no caos desde que um confronto em abril depôs o presidente deste país da Ásia Central dividido etnicamente, levando ao poder um governo interino.

Os enfrentamentos de origem étnica entre uzbeques e quirguizes se intensificaram em 10 de junho, na maior onda de violência vivida no país em 20 anos.

Ao menos 187 pessoas morreram e cerca de 2 mil ficaram feridas, principalmente em Osh, uma cidade desenvolvida no fim da era soviética, perto da fronteira com o Uzbequistão.

A Rússia e o Ocidente temem que a violência acabe provocando um vazio de poder, que milícias islâmicas e grupos de crime organizado poderiam aproveitar para atuar.

A violência diminuiu nos últimos dias, mas se espera que um referendo constitucional programado para a próxima semana reacenda as tensões.

O Grupo Crise Internacional exortou o governo interino a pedir ajuda da comunidade internacional, por meio do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), para garantir a proteção da população.

O governo interino pediu para que a Rússia enviasse tropas para conter a violência. Quando quirguizes e uzbeques se enfrentaram em 1990, antes do colapso da União Soviética, o então líder do Kremlin, Mikhail Gorbachov, enviou tropas para deter a matança.

A Rússia indicou, no entanto, que não planeja enviar forças de paz fora do marco da Organização do Tratado de Segurança Coletiva, um grupo de repúblicas ex-soviéticas liderado por Moscou.

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