
Especialistas navais disseram que a superlotação pode estar por trás do acidente no submarino nuclear russo Nerpa que matou 20 pessoas e deixou outras 21 feridas, noticiaram nesta segunda-feira (10) agências de notícias. A embarcação estava realizando exercícios no Mar do Japão.
No momento do acidente, havia 208 pessoas a bordo, dos quais 81 militares. Normalmente, o Nerpa conduz uma tripulação de 73 pessoas. Para os exercícios também estavam a bordo funcionários da Marinha e civis.
O acidente foi provocado por uma falha no sistema de incêndio. As vítimas morreram por asfixia porque o sistema de incêndio disparou inesperadamente, liberando o gás freon, usado para extingüir fogo por supressão do oxigênio no ar. O procedimento normal em caso de incêndios em submarinos é isolar e vedar a área afetada, antes de bombear gás freon. O gás retira o oxigênio do ar e extingüe as chamas rapidamente, no entanto, causa a asfixia de quem estiver no local.
De acordo com autoridades, o acidente não danificou o reator nuclear do Nerpa.
O acidente mais grave envolvendo um submarino russo ocorreu em 12 de agosto de 2000 no mar de Bárents, quando 118 marinheiros morreram no submarino nuclear Kursk depois de uma explosão na câmara de torpedos.
Três anos mais tarde, no dia 30 de agosto de 2003, o submarino atômico K-159 afundou durante uma tempestade, também no Mar de Bárents, a uma profundidade de 170 metros e com dez pessoas a bordo, das quais uma foi resgatada com vida.



