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Uma visitante croata que diz enxergar a Virgem Maria diariamente atraiu nesta semana milhares de pessoas a uma cidadezinha do Alabama, nos Estados Unidos, inclusive muitas que viajaram longas distâncias.

Apesar do ceticismo de católicos proeminentes, os fiéis chegam a Sterrett, cerca de 30 minutos ao sul de Birmingham, com a esperança de escutar uma mensagem da mãe de Cristo, de testemunhar milagres ou de receber orientações religiosas.

"Estou aqui para receber as graças de Nossa Senhora", disse Steve Schoenecker, de 56 anos, de Minnesota.

A mulher no centro da peregrinação é Marija Pavlovic Lunetti, que disse ter visto a aparição de Maria em 1981, aos 16 anos de idade, com um grupo de cinco outros jovens em Medjugorje, na então Iugoslávia.

Foi lá que ela mais tarde conheceu Terry Colafrancesco, um católico do Alabama que dirige a Caritas de Birmingham, entidade católica que se dedica a difundir notícias sobre as visões da Virgem de Medjugorje.

Em 1988, Colafrancesco convidou Lunetti para visitar a fazenda da sua família, depois de arrumar uma doação de rim para um irmão dela num hospital universitário de Birmingham.

Lunetti, hoje com 47 anos, já voltou 11 vezes ao Alabama, sempre atraindo muitos seguidores. A notícia sobre as visitas são espalhadas pelas publicações de Colafrancesco, incluindo um boletim mensal com 120 mil exemplares, segundo ele.

"Ela está vindo para dar vida às escrituras, para provocar a conversão do nosso país a Cristo", disse Colafrancesco, cuja entidade não tem relação com a Igreja Católica nem com outras ONGs chamadas Caritas.

Nem todos compartilham das crenças dele. A Igreja Católica reconhece as aparições históricas da Virgem Maria em Guadalupe (México), Lourdes (França) e Fátima (Portugal), todas elas estudadas e autenticadas por bispos locais.

A Igreja continua investigando o status das aparições de Medjugorje, segundo o padre Giles Conwill, capelão da Universidade Xavier da Louisiana e ex-professor de história.

Alguns líderes católicos manifestam ceticismo com o fenômeno daqui. "Nós, como católicos, não somos obrigados a crer em revelações privadas", disse Conwill.

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