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América Latina

Suprema Corte da Venezuela vai rever decisão de tirar poder do Parlamento

Decisão foi tomada na noite de sexta após reunião com presidente Nicolas Maduro

Protesto contra intervenção na Assembleia Nacional em Caracas, na última sexta. | FEDERICO PARRA/AFP
Protesto contra intervenção na Assembleia Nacional em Caracas, na última sexta. (Foto: FEDERICO PARRA/AFP)

O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, e a Suprema Corte decidiram rever as sentenças de extinguir o poder do Parlamento e retirar a imunidade dos deputados. O legislativo é controlado pela oposição e a resolução, anunciada na quinta-feira (30), causou uma série de protestos pelo país, com a oposição denunciando golpe.

Maduro presidiu uma reunião na noite de sexta-feira com ministros e outras autoridades venezuelanas. Após o encontro, o Conselho de Segurança Nacional anunciou seu apoio à revisão, “com o objetivo de manter a estabilidade institucional”.

Maduro convocou a reunião de sexta-feira com o objetivo de acalmar o alvoroço político. Vestido de preto e segurando a constituição venezuelana, Maduro comparou, em discurso, a condenação internacional à decisão da Suprema Corte a um “linchamento político”.

Cerca de uma dúzia de funcionários estava presente na sessão, com exceção do presidente do congresso, Julio Borges, que chamou a ocasião de “circo” criado para uma oportunidade fotográfica pela mesma pessoa que a oposição acusa de piorar os problemas do País. “Na Venezuela, o único diálogo possível é o voto”, disse Borges.

O anúncio veio logo após o dia em que a procuradora-chefe da Venezuela, Luisa Ortega Diaz, rompeu com o governo de Maduro. Diaz era uma apoiadora de longa data do governo socialista e disse que era “seu dever histórico inevitável” como autoridade judicial de condenar uma decisão contra a Assembleia Nacional.

“Clamamos por uma reflexão para que o caminho democrático possa ser retomado”, disse.

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