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A Suprema Corte paquistanesa ameaçou, nesta terça-feira, destituir o presidente, Asif Ali Zardari, e seu premier, Yusuf Raza Gilani, se eles se negarem a reabrir investigações por suposta corrupção que envolvem o chefe de Estado.

O mais elevado tribunal do país deu ao governo o prazo de uma semana para que relance investigações contra o presidente Zardari e outros políticos paquistaneses de alto nível. Caso contrário, anunciou que entre outras opções, poderia destituir Zardari e Gilani.

O anúncio abre um novo capítulo na queda de braço entre a Suprema Corte e o governo desde dezembro de 2009, ano em que os juízes decidiram anular uma lei de anistia que permitiu a Zardari e outras 8.000 pessoas escapar da Justiça, principalmente por corrupção.

Mais de 30 políticos se beneficiaram da anistia decretada em outubro de 2007 pelo então chefe de Estado, Pervez Musharraf, que na ocasião queria forjar alianças para permanecer na presidência após as eleições de 2008.

Entre os casos cobertos pela anistia, Zardari é acusado de corrupção e evasão de fundos públicos na época em que sua esposa, Benazir Bhutto, era chefe de governo, e ele, ministro, nos anos 1990. Ele também é acusado de ter lavado de 12 a 13 milhões de dólares na Suíça.

O governo invoca a imunidade presidencial, o que a justiça suíça confirmou. Mas a Suprema Corte pediu várias vezes ao governo que peça às autoridades do país europeu a reabertura das investigações.

Muitos observadores consideram que a Suprema Corte não chegará ao extremo de destituir os dois mandatários para não fragilizar um governo já enfraquecido e sob forte pressão do exército, uma instituição muito poderosa no Paquistão.

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