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 O líder oposicionista venezuelano Juan Guaidó |  YURI CORTEZ / AFP
 O líder oposicionista venezuelano Juan Guaidó| Foto:  YURI CORTEZ / AFP

Em nova tentativa de pressão do regime Nicolás Maduro sobre a oposição, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) proibiu na noite desta terça (29) o líder opositor Juan Guaidó de deixar o país enquanto durar uma investigação sobre ele, além de bloquear suas contas bancárias e bens. O pedido havia sido feito pelo procurador-geral, Tarek Saab, aliado de Maduro.

O plenário ordenou a "proibição de saída do país sem autorização até que a investigação termine" e de transação de bens, além do bloqueio de contas, disse o presidente do TSJ, Maikel Moreno, ao acolher uma solicitação feita mais cedo pelo procurador-geral, o chavista Tarek William Saab. 

O chefe do Legislativo se declarou presidente encarregado da Venezuela na última quarta-feira (23) e foi reconhecido pelos Estados Unidos, Brasil, Colômbia e outros países da região. Maduro, porém, não deixou o poder, e membros da cúpula militar foram a público dizer que o apoiam. 

"Chegamos aqui (...) para solicitar que sejam tomadas medidas cautelares (...) que permitam neste caso: um, a proibição de sua saída do país; dois, a proibição de alienar e gravar bens, móveis e imóveis; três, o bloqueio de suas contas", disse Saab ao apresentar o pedido no TSJ, também alinhado ao chavismo. 

Ao saber da medida, Guaidó disse não se surpreender com as decisões de Saab por considerar que fazem parte da cadeia de ameaças contra ele e o Parlamento de maioria opositora eleito em 2015. 

"Não estou subestimando uma ameaça de prisão", disse. "Com muita responsabilidade, digo a vocês que nada de novo debaixo do sol". Lamentavelmente, é um regime que não dá resposta ao povo venezuelano, a única resposta é a perseguição, repressão", afirmou. 

O conselheiro de segurança nacional do governo Donald Trump, John Bolton, criticou a manobra do regime Maduro. "Haverá sérias consequências para aqueles que tentarem subverter a democracia e ferir Guaidó", escreveu em uma rede social. 

Não é a primeira medida do governo contra Guaidó. No último dia 13, o opositor ficou detido durante uma hora por agentes de inteligência.

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