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Manifestante pede justiça no caso da morte do jornalista Jamal Khashoggi durante protesto em frente à embaixada saudita em Berlim, no ano passado
Manifestante pede justiça no caso da morte do jornalista Jamal Khashoggi durante protesto em frente à embaixada saudita em Berlim, no ano passado| Foto: EFE/EPA/HAYOUNG JEON

As autoridades francesas prenderam nesta terça-feira (7), no aeroporto Charles de Gaulle, o saudita Khaled Aedh Al-Otaibi, um dos suspeitos de ter assassinado em 2018 o jornalista Jamal Khashoggi no consulado da Arábia Saudita em Istambul.

Segundo a imprensa francesa, o homem foi identificado porque mostrou o passaporte verdadeiro para embarcar no avião. O suspeito permanecerá sob custódia enquanto as autoridades decidem sobre a sua extradição.

Khaled Aedh Al-Otaibi, de 33 anos, ex-membro da guarda real da Arábia Saudita, era uma das 20 pessoas procuradas pela Interpol neste caso.

A prisão ocorre poucos dias após a polêmica visita do presidente da França, Emmanuel Macron, à Arábia Saudita, onde se encontrou com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman.

Este foi o primeiro encontro do príncipe herdeiro com um chefe de Estado ocidental desde o assassinato de Khashoggi no consulado saudita em Istambul.

Khashoggi, um dissidente que morava nos Estados Unidos e colunista do jornal Washington Post, tinha entrado na delegação diplomática em 2 de outubro de 2018 para obter a documentação que necessitava para se casar com a noiva, Hatice Cengiz. Mas o jornalista de 59 anos nunca mais saiu do edifício, nem foi encontrado qualquer vestígio do seu corpo.

Em 31 de outubro de 2018, o procurador-chefe de Istambul, Irfan Fidan, concluiu que muito pouco tempo depois de entrar no consulado, o jornalista foi morto por asfixia e o seu corpo desmembrado.

Riad admitiu que agentes do governo saudita mataram Khashoggi no consulado em Istambul e condenou cinco pessoas envolvidas, sem oferecer detalhes específicos do julgamento, mas o príncipe herdeiro nega constantemente qualquer envolvimento no episódio.

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