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O empresário sugeriu que a China entende a situação com Taiwan como semelhante à relação entre Havaí e Estados Unidos, o que irritou Taipei
O empresário sugeriu que a China entende a situação com Taiwan como semelhante à relação entre Havaí e Estados Unidos, o que irritou Taipei| Foto: EFE/EPA/MICHAEL REYNOLDS

O governo de Taiwan criticou o empresário Elon Musk, proprietário do X, da Tesla e da SpaceX, que fez comentários sobre a alegação da China de que possui soberania sobre o país independente.

A China considera a ilha, administrada separadamente desde o final da Guerra Civil Chinesa, em 1949, como parte do seu território e planeja incorporá-la.

Em participação remota em um evento em Los Angeles esta semana, Musk comentou o assunto. “Acho que entendo bem a China. Estive lá muitas vezes e me encontrei com altas lideranças em vários níveis, por muitos anos”, disse Musk. “Acho que tenho um bom entendimento como estrangeiro sobre a China.”

O empresário americano de origem sul-africana disse que a política da China “tem sido reunir Taiwan com a China. Do ponto de vista deles, talvez seja análogo ao Havaí [e os Estados Unidos] ou algo parecido, como uma parte integrante da China que arbitrariamente não faz parte da China”.

Em mensagem publicada no X, o Ministério das Relações Exteriores de Taiwan criticou Musk. “Esperamos que Elon Musk também possa pedir ao Partido Comunista da China que abra o X para sua população. Talvez ele pense que proibi-lo seja uma boa política, como desligar a Starlink para impedir o contra-ataque da Ucrânia contra a Rússia. Ouça, Taiwan não faz parte da República Popular da China e certamente não está à venda!”, afirmou a pasta.

A referência à Starlink, projeto da SpaceX que coloca vários satélites em órbita para aumentar o acesso à internet rápida em várias partes do mundo, diz respeito a reportagens na imprensa americana que apontaram que Musk teria desligado voluntariamente a comunicação de drones ucranianos que se encaminhavam para um ataque à frota naval russa na Crimeia.

Em resposta, o bilionário foi às redes dizer que os serviços da Starlink nunca haviam sido ativados na Crimeia e que, portanto, não poderiam ser desligados. Além disso, argumentou que um eventual uso da Starlink pela Ucrânia para ofensivas ou manobras de guerra representaria quebra de contrato.

Posteriormente, um biógrafo de Musk, o escritor Walter Isaacson, cujo livro baseou essas reportagens, escreveu no X que cometeu um erro de interpretação ao escrever sobre o assunto.

“Para esclarecer a questão da Starlink: os ucranianos acharam que a cobertura estava habilitada até a Crimeia, mas não estava. Eles pediram a Musk que a habilitasse para o sub-ataque de drones à frota russa. Musk não permitiu isso, porque pensou, provavelmente com razão, que isso causaria uma grande guerra”, escreveu Isaacson.

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