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A televisão pública francesa "France" 2 confirmou a morte nesta quarta-feira (11) de um de seus repórteres na localidade síria de Homs, onde participava da cobertura das revoltas contra o regime do presidente Bashar al Assad.

Trata-se de Gilles Jacquier, que trabalhava para o canal desde 1999, e anteriormente fez parte da redação da também pública "France 3", dedicada à informação regional.

A cadeia disse que o jornalista estava acompanhado de outras pessoas, sete das quais também morreram em uma explosão de origem por enquanto indeterminada. O câmera que acompanhava Jacquier, Christophe Kenck, se encontra ferido.

Os dois tinham um visto oficial para trabalhar em Homs, disse a emissora pública, que acrescentou que "ainda não se conhecem bem as circunstâncias" do fato.

Jacquier e Kenck faziam parte de um grupo de jornalistas estrangeiros que visitavam um hospital de Homs guiados por uma freira libanesa, quando encontraram uma manifestação de apoio ao regime, que foi atingida por artefato explosivo, que causou também a morte de oito civis sírios.

Especialista em conflitos, Jacquier tinha participado de coberturas no Iraque, Afeganistão, Kosovo e Oriente Médio. Em 2003, uma reportagem sobre a segunda Intifada palestina lhe valeu o prêmio "Albert-Londres", junto com Bertrand Coq.

Era a primeira vez que grupos de jornalistas estrangeiros entravam em Homs organizados em dois grupos diferentes, um dirigido por funcionários do Ministério de Informação da Síria, e outro, também sob o guarda-chuva do Governo, mas liderado pela freira.

A religiosa chamada Marie Agnès e de origem sírio-libanesa é madre superiora do convento de Saint Jacques, aparentemente um dos mais influentes da região, e mantém boas relações com o regime de Assad.

A pretensão do Governo sírio era provar que há tranquilidade em Homs, mas os fatos demonstraram exatamente o contrário e, neste sentido, a Agência Efe testemunhou a chegada ao hospital militar da cidade de um soldado em estado muito grave com um tiro na cabeça, além de outras cinco pessoas feridas por disparos nas últimas horas.

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