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Presidente Michel Temer fala sobre o reforço da segurança em Roraima devido à crise migratória regional | FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AFP
Presidente Michel Temer fala sobre o reforço da segurança em Roraima devido à crise migratória regional| Foto: FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AFP

O governo federal cogita limitar a entrada de venezuelanos em Roraima, afirmou o presidente Michel Temer (MDB) em entrevista à Rádio Jornal, de Pernambuco, nesta quarta-feira (29), um dia depois de assinar um decreto autorizando “o emprego de Forças Armadas no período de 29 de agosto a 12 de setembro de 2018" na faixa da fronteira norte e leste e rodovias federais.

Na entrevista, Temer disse que outras medidas podem ser adotadas para organizar os serviços públicos de Roraima, pressionados pelo grande afluxo de imigrantes que têm chegado ao estado. Uma delas é a distribuição de senhas para imigrantes venezuelanos que querem entrar no país. “Entram 700 ou 800 pessoas por dia. Pensamos em colocar senhas para entrar menos por dia, para organizar um pouco mais essas entradas”, explicou.

“Quem sabe, colocar senhas de maneira que entrem 100, 150, 200 por dia e cada dia entre um pouco mais para organizar essas entradas”, acrescentou.

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Em Boa Vista, a capital de Roraima, 25 mil venezuelanos estão instalados – o que equivale a 7,5% da população da cidade.

"As coisas estavam caminhando em um ritmo desagradável entre o povo venezuelano e brasileiro", disse o presidente em alusão aos ataques de duas semanas atrás a barracas de venezuelanos em Pacaraima.

Ao anunciar as medidas, Temer retomou as críticas ao ditador venezuelano, Nicolás Maduro. "Há um ano e meio, propusemos ajuda humanitária e o governo [da Venezuela] recusou. "A nossa política é de acolher no nosso país. Não é só política, é parte dos tratados internacionais", afirmou Temer.

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Temer repetiu que a crise na Venezuela "coloca em desarmonia o próprio continente americano".

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