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A tempestade tropical Noel já causou ao menos 59 mortes e deixou dezenas de desaparecidos em sua passagem pela República Dominicana e pelo Haiti, varrendo com fortes chuvas as regiões central e oeste de Cuba nesta quarta-feira (31). Na República Dominicana, as autoridades contabilizam 41 mortos e 38 desaparecidos. Persistem temores de que esse número ainda possa aumentar bastante, já que 39 comunidades do sul do país estão incomunicáveis devido aos estragos causados pela tormenta.

As 41 vítimas dominicanas mortas se somam às 18 registradas no Haiti. O titular da Comissão Nacional de Emergências (CNE) dominicana, Luis Luna Paulino, disse à emissora de rádio "Z101", que "a situação de risco continua e as mortes podem aumentar".

"O resgate de desabrigados é difícil porque as chuvas continuam", disse Paulino. "O pior neste tipo de situação é o transbordamento dos rios", falou o funcionário. Além disso, 35% da população do sul do país permanece sem energia elétrica.

A tempestade está agora sobre a ilha de Cuba, com ventos moderados de 65 km/h e uma extensa zona de chuvas na metade leste da ilha, levando o governo a desalojar 15 mil pessoas. Centenas de casas já foram danificadas.

Só na parte norte de Camagüey são mais de 120 casas destruídas total ou parcialmente, enquanto no resto das províncias os danos ainda estão sendo calculados. Áreas inteiras foram isoladas pela água, que invadiu estradas e passagens. Muitas plantações também foram inundadas.

República Dominicana

O número de desabrigados na República Dominicana já chega a 25.540, dos quais apenas 5.884 foram recolhidos a abrigos do governo.

Mas a pior situação é nas comunidades isoladas, que não podem receber ajuda das equipes de emergência, impedidas de chegar às localidades - 10 pontes foram derrubadas, segundo a CNE, que reúne os organismos de segurança, saúde e resgate do governo dominicano.

O desastre afetou 6.385 moradias, 12 das quais foram completamente destruídas, segundo o órgão.

Muitas pessoas ficaram presas nos telhados de suas casas ou em árvores; famílias inteiras foram levadas pela correnteza.

Aproximadamente 1.400 pessoas, incluindo 700 crianças, foram acolhidas em uma igreja católica, onde foi montado um abrigo improvisado, segundo Rafael Mercedes, agente da Defensa Civil.

O presidente Leonel Fernández se reunu várias vezes com o conselho de governo e anunciou 3 milhões de dólares para ajuda alimentícia aos desabrigados.

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