• Carregando...
Tailandeses rastejam pelas ruas de Bangcoc. | AFP
Tailandeses rastejam pelas ruas de Bangcoc.| Foto: AFP

Pelo menos três pessoas morreram e cerca de dez ficaram feridas no terceiro dia seguido de confrontos entre manifestantes oposicionistas ao governo e soldados tailandeses em vários pontos da zona central de Bangcoc, informam agências internacionais de notícias.

As mortes ocorreram durante tiroteio entre integrantes do grupo camisas vermelhas, que exigem a renúncia do primeiro-ministro, e o Exército. Desde quinta-feira (13), o número de mortes é de 17, segundo a agência Associated Press.

A briga se intensificou neste sábado e ocorre em vários pontos do centro da capital. O Exército colocou barricadas para tentar conter os manifestantes e proteger regiões comerciais. Os camisas vermelhas, que acampavam nas ruas, acusam o governo de atirar deliberadamente contra a multidão.

Fontes militares estimaram que cerca de 500 camisas vermelhas seguem usando armas de fogo contra soldados em áreas da região central da cidade, e a situação permanece tensa naquela zona. Por conta da violência, o comando planeja aumentar o número de soldados das tropas.

"As tropas até podem estar fazendo avanços em isolar a área, mas a um preço alto", disse em entrevista à agência de notícias Reuters o cientista político Thitinan Pongsudhirak, da universidade Chulalongkorn. Segundo ele, o aumento do número de mortes pode enfraquecer o primeiro-ministro.

Origem

A crise se aprofundou na Tailândia na quinta-feira, com a decisão do primeiro-ministro, Abhisit Vejjajiva, de cancelar as eleições antecipadas e de enviar blindados para isolar o bairro de Bangcoc onde permanecem entrincheirados os camisas vermelhas. Também na quinta, o general rebelde Khattiya Sawasdipol levou um tiro na cabeça, aparentemente vítima de um franco-atirador. Segundo os médicos, o general se encontra em estado de coma profundo.

Os camisas vermelhas são partidários do ex-líder Thaksin Shinawatra, deposto por militares em 2006 e condenado a dois anos de prisão por corrupção.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]