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Tragédia

Terremoto na Indonésia matou 1.100, estima ONU

Números das Nações Unidas divergem dos apresentados pelo governo, que só confirmou 770 mortos

Moradores de Padang, na Ilha Sumatra, se deslocam de moto entre destroços causados pelo terremoto de quarta-feira: número de mortos aumenta a cada hora | Crack Palinggi/Reuters
Moradores de Padang, na Ilha Sumatra, se deslocam de moto entre destroços causados pelo terremoto de quarta-feira: número de mortos aumenta a cada hora (Foto: Crack Palinggi/Reuters)
Veja mapa que explica o terremoto |

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Veja mapa que explica o terremoto

Padang - A Organização das Nações Uni­­das disse ontem estimar que ao menos 1.100 pessoas tenham morrido em decorrência do forte terremoto que atingiu a ilha in­­donésia de Sumatra na quarta-feira. Segundo o responsável por assuntos humanitários da ONU, John Holmes, os últimos dados indicam que o número continua­­rá subindo.

Oficialmente, o governo confirmou, até ontem à noite, 770 mortes. Outras 440 pessoas ficaram seriamente feridas.

O epicentro do terremoto foi registrado 45 km a noroeste de Padang, localidade costeira com cerca de 900 mil habitantes. On­­tem pela manhã, a região foi atin­­gida por um novo tremor, de 6,6 graus, com epicentro localizado 215 km a sudoeste da cidade, se­­gundo o instituto geológico americano. Autoridades locais disseram que, apesar dos danos causados, não houve novas mortes.

Mais de 500 prédios – in­­cluindo hotéis, escolas, hospitais e um shopping – foram destruídos ou danificados em Padang, a cidade mais atingida pelo tremor. Por isso as equipes de resgate trabalharam durante todo o dia em busca de vítimas soterradas. O chefe do centro de crise do Ministério da Saúde, Rustam Pakaya, disse que milhares de pessoas podem ainda estar sob os escombros.

Soldados do Exército, policiais e médicos ajudaram a er­­guer hospitais de campanha e a entregar roupas, medicamentos e alimentos às vítimas. Mas os trabalhos foram prejudicados pe­­la chuva e pelo bloqueio de ro­­dovias causado por deslizamentos de terra.

As linhas de telefone e as co­­municações pela internet em Pa­­dang voltaram a funcionar hoje, mas de forma instável, o que também impediu as autoridades de avaliar o tamanho exato da destruição.

"Não vamos subestimar (o de­­sastre). Estejamos preparados para o pior’’, afirmou o presidente indonésio, Susilo Bam­­bang Yudhoyono, em Jacarta, antes de seguir para Padang.

Ajuda

Yudhoyono pediu a seu governo que utilize aviões e barcos para levar ajuda às vítimas.

Já o chefe do comitê de crise do Ministério da Saúde, Rustam Pakaya, informou que foram enviados a Padang "200 médicos e enfermeiras, oito toneladas de remédios e oito toneladas de alimentos’’.

O governo também destinará US$ 26 milhões para ajudar os mais afetados. Vários países, in­­cluindo o Japão e a Suíça, anunciaram o envio de equipes especializadas.

O presidente dos EUA, Barack Obama – que passou parte de sua infância na Indonésia –, disse estar "profundamente comovido’’ e prometeu apoio para a recuperação da região.

A ilha de Sumatra é uma das regiões no mundo com maior atividade sísmica. Em 2004, um terremoto de 9,15 graus de magnitude, com epicentro localizado 600 km a noroeste de Padang, causou um tsunami que matou 230 mil pessoas – 168 mil só na Indonésia.

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