Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Atentado

Terror volta a atacar na Espanha

Carro-bomba atinge prédio e deixa pelo menos 60 feridos em Burgos. O governo atribui ataque ao grupo separatista ETA

A fachada do quartel da Guarda Civil da cidade espanhola de Burgos ficou totalmente destruída pela explosão de um carro-bomba: das 120 pessoas que dormiam no prédio, pelo menos a metade sofreu ferimentos | Cesar Manso/AFP
A fachada do quartel da Guarda Civil da cidade espanhola de Burgos ficou totalmente destruída pela explosão de um carro-bomba: das 120 pessoas que dormiam no prédio, pelo menos a metade sofreu ferimentos (Foto: Cesar Manso/AFP)
Veja onde fica Burgos na Espanha |

1 de 1

Veja onde fica Burgos na Espanha

Burgos - Um carro-bomba que levava cerca de 200 explosivos atingiu na madrugada de ontem (horário local) um quartel da Guarda Civil na cidade espanhola de Bur­­­­­gos, na região central do país. O número de pessoas feridas no ata­­que chegou a 60. Gran­­de parte das ví­­timas foi atingida por es­­tilhaços de vidro.

De acordo com a investigação, os criminosos estacionaram uma Mercedes Vito de cor branca cerca de 16 metros da fachada da frente do edifício, na tarde de ontem.

O jornal espanhol El País afirma que o atentado deixou uma "grande cratera" – de sete me­­tros de largura e um metro e meio de profundidade – no so­­lo. Ima­­gens mostram boa parte da fa­­chada do prédio residencial destruída.

A detonação destruiu a fachada de alguns dos imóveis da área e fez com que marquises e janelas ficassem penduradas. Os da­­nos provocados a edifícios próximos foram tamanhos que provocaram a desocupação preventiva das construções.

A polícia local habilitou suas próprias instalaçõ es e um ginásio de esportes para alojar provisoriamente os moradores afetados. As au­­toridades já isolaram a área pa­­ra investigar os detalhes da explosão.

O ataque foi atribuído ao grupo separatista ETA, que quer a separação do País Basco. Os terroristas pretendiam "fazer o maior dano possível", explicou o delegado do governo na comunidade au­­tônoma de Castela e Leão, Mi­­guel Alejo, que se deslocou ao lo­­cal do crime, assim como o presidente do governo dessa região, Juan Vicente Her­­rera. Segundo Herrera, o atentado contra o quartel "foi realizado com intenção de matar".

O ministro do Interior espanhol, Alfredo Pérez Rubalcaba, classificou o ataque como "um grande atentado fracassado que buscava mortes’’. "Esta noite, dormiam nos andares quase 120 pessoas, das quais 41 eram crianças, o que ressalta o caráter canalha do atentado’’, disse Rubal­­caba, em entrevista coletiva no local do ataque.

A polícia local habilitou suas próprias instalações e um ginásio de esportes para alojar provisoriamente os moradores afetados, segundo fontes municipais.

A polícia afirma que o carro usado pelos terroristas pode ter sido roubado na França, embora tivesse registro em Burgos, provavelmente falsificado. Fontes de segurança dizem que o carro continha cerca de 200 quilos de explosivos. Rubalcaba não precisou o número, mas afirmou que era uma bomba "potente’’.

O último atentado assumido pelo grupo basco foi em 3 de dezembro passado, quando um atirador do ETA matou o empresário Ignacio Uría Mendizábal, em Guipúzcoa. O atentado a bom­­ba foi realizado em 30 de maio de 2003, em Navarra. No dia, dois policiais morreram. O grupo terrorista usa a violência há 40 anos para tentar conseguir a independência do País Basco, período no qual ao menos 850 pessoas morreram.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.