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Momento em que a polícia do Texas chega no campus da universidade para dispersar os manifestantes
Momento em que a polícia do Texas chega no campus da universidade para dispersar os manifestantes| Foto: Reprodução/X/@RyanChandlerTV

Uma manifestação contra Israel na Universidade do Texas, em Austin, nesta quarta-feira (24), resultou na detenção de pelo menos 17 pessoas depois que a polícia foi enviada para o local, portando equipamentos antimotim, e tentou dispersar estudantes que se manifestavam no campus da instituição de ensino.

De acordo com o jornal local The Texas Tribune, as 17 pessoas que foram detidas por integrantes da unidade de cavalaria da polícia eram estudantes da universidade. O portal Austin American-Statesman relatou 20 prisões.

A resposta das autoridades estaduais do Texas foi uma das mais enérgicas entre os protestos estudantis que eclodiram nos Estados Unidos contra a guerra no Oriente Médio e que tiveram seu epicentro na Universidade de Columbia, em Nova York, local onde estudantes entoaram gritos pró-Hamas e hostilizaram os jovens judeus.

200 estudantes estavam reunidos no campus da Universidade do Texas nesta quarta quando pelo menos 50 policiais apareceram para ordenar que se dispersassem.

Vários policiais estavam a cavalo, outros estavam fortemente armados e a maioria deles usavam equipamentos antimotim para dispersar os estudantes que, segundo informações, realizavam um "protesto pacífico".

O protesto se intensificou e se transformou em uma concentração na região central do campus e as detenções continuaram, já que as autoridades disseram que os estudantes estavam ocupando ilegalmente o local. Alguns dos detidos foram levados para a prisão do condado de Travis.

A universidade enviou um alerta a toda a sua comunidade pedindo para que evitasse a região do campus.

O congressista americano Greg Casar, do Partido Democrata, cujo distrito inclui Austin, criticou a resposta das autoridades estaduais.

“Os estudantes que se manifestam - quer você concorde com eles ou não - têm direito à segurança e a um tratamento justo. Responder a manifestações pacíficas com armas e equipamentos de choque aumenta a tensão e torna todos menos seguros", declarou.

Protestos estudantis contra a guerra em Gaza e o apoio do governo do presidente Joe Biden a Israel eclodiram semanas atrás na Universidade de Columbia e estão se espalhando por campi de todo o país.

Esses protestos estão dominando a imprensa e o cenário político nos EUA, com os republicanos e uma parte significativa dos democratas condenando as manifestações e acusando os estudantes de antissemitismo.

Além do Texas, nesta quarta houve também um tumulto entre policiais e estudantes na Universidade do Sul da Califórnia. Segundo informações da Associated Press (AP), os manifestantes entraram em confronto com as autoridades após serem obrigados a desmanchar abrigos com tendas que haviam feito no local.

Estudantes também levantaram barricadas dentro da Universidade Politécnica do Estado da Califórnia, o que fez com que a instituição de ensino optasse por aulas no modelo virtual. (Com Agência EFE)

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