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Escritório da ByteDance, proprietária do TikTok, em Pequim, na China.
Escritório da ByteDance, proprietária do TikTok, em Pequim, na China.| Foto: Divulgaçã/ByteDance

O diretor-executivo do TikTok, Shou Zi Chew, alertou os congressistas americanos nesta quinta-feira (23) que impor um veto a essa plataforma no país seria prejudicial à liberdade de expressão e à economia dos Estados Unidos.

"É um aplicativo onde as pessoas podem ser criativas. Existem cerca de cinco milhões de empresas americanas, a maioria pequenas, que o usam para encontrar clientes e impulsionar o crescimento", disse Chew ao Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Representantes, e lembrou que nos EUA existem cerca de 150 milhões de usuários.

Chew se reuniu bilateralmente com alguns legisladores este ano para enfatizar que a empresa oferece garantias de privacidade e segurança, mas este foi seu primeiro pronunciamento oficial no Capitólio.

A direção administrativa do Congresso já vetou o download e uso do TikTok em todos os dispositivos móveis do governo e em janeiro e março foram apresentados vários projetos de lei que buscam proibi-lo em todo o país e limitar a ameaça representada pela tecnologia procedente de "inimigos" como China e Irã.

Nesse sentido, Chew ressaltou que é cingapuriano e residente em Cingapura, que o TikTok é administrado por uma equipe executiva nos Estados Unidos e em Cingapura, que tem sede em Los Angeles e Cingapura e que não está disponível na parte continental da China.

No entanto, declarou estar ciente de que o fato de sua controladora, a ByteDance, ter fundadores chineses levantou suspeitas sobre se a plataforma poderia ser usada ou se tornar uma ferramenta da China ou do Partido Comunista Chinês.

"A ByteDance não está sob propriedade ou controle do governo chinês. É uma empresa privada. Não tenho provas de que o Executivo chinês tenha acesso aos dados. Eles nunca nos pediram", garantiu.

Em sua tentativa de dissipar dúvidas, também quis deixar claro que sua empresa está sujeita às leis dos Estados Unidos.

Para garantir que os dados dos americanos sejam armazenados nos EUA e hospedados por uma empresa sediada naquele país, ressaltou que contrataram a Oracle, líder em serviços baseados na nuvem, e apenas a equipe de uma nova unidade da empresa, a TikTok U.S. Data Security, pode acessar esses dados.

"A propósito, isso vai mais longe do que qualquer outra empresa em nosso setor já fez. Somos a única, a única, que oferece esse nível de transparência", assegurou Chew em uma sessão cercada por muita expectativa tanto entre os parlamentares quanto na imprensa.

Uma sessão também em que a oposição dos parlamentares ficou clara desde o início.

"Não acreditamos que o TikTok algum dia adote os valores americanos. A plataforma deveria ser banida. Muitos de seus funcionários ainda se reportam diretamente a Pequim. Não acreditamos em seus argumentos", declarou a presidente do Comitê de Energia e Comércio, a republicana Cathy McMorris Rodgers.

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