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atentado terrorista

Trabalhadores doentes do 11/9 conseguem indenização de US$712 mi

Quase 10 mil bombeiros, policiais, agentes terceirizados e outros que trabalharam nos escombros das torres gêmeas abriram processo pedindo indenizações

Advogados de milhares de trabalhadores que sofreram problemas de saúde por causa dos atentados de 11 de setembro de 2001 contra o World Trade Center conseguiram nesta quinta-feira um novo acordo de indenização com a prefeitura no valor de 712 milhões de dólares.

Em março, um juiz federal rejeitou o acordo inicial, de até 657,5 milhões de dólares, dizendo que ele precisava ser mais transparente, e que havia dinheiro demais --cerca de um terço-- sendo gasto em honorários de advogados.

Quase 10 mil bombeiros, policiais, agentes terceirizados e outros que trabalharam nos escombros das torres gêmeas abriram processo contra a prefeitura e empresas por ela contratadas, reivindicando indenizações por danos associados àquela atividade.

O valor virá de um fundo com garantia federal, a chamada Companhia de Seguro Cativo WTC, criada em 2004 com verba de 1 bilhão de dólares da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências.

O juiz Alvin Hellerstein assinou o acordo nesta quinta-feira, dizendo que ele "não é perfeito, mas é muito, muito bom."

Para valer, o acordo exige a adesão de 95 por cento dos reclamantes, que têm 90 dias para se manifestar.

Os advogados limitaram seus honorários a 25 por cento do total, o que significa uma redução de mais de 50 milhões. Já o fundo de seguros aceitou elevar em 55 milhões de dólares a sua participação.

O prefeito Michael Bloomberg disse em nota que a decisão foi "uma solução justa de um caso difícil e complexo, que permitirá que os socorristas e trabalhadores sejam justamente compensados por lesões sofridas depois do seu trabalho no 'Ground Zero'."

Com o acordo, haverá indenizações maiores --pessoas que contraíram asma severa e câncer, por exemplo, podem receber até 1 milhão de dólares.

O ex-policial Joseph Lutrario, de 43 anos, ferido no ataque, se disse feliz com o encerramento do caso. Ele ficou preso sob escombros e quebrou o ombro. Depois, desenvolveu pólipos no estômago e esôfago, e transtorno do estresse pós-traumático, quadro que levou à sua aposentadoria precoce.

"Esta é uma boa notícia, mas não sei o que acontecerá daqui a cinco ou dez anos se eu ficar mais doente."

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