
Israel retomou ontem o bombardeio contra a Faixa de Gaza após o grupo islâmico Hamas, que controla a região, ter rejeitado a proposta egípcia de cessar-fogo, e no mesmo dia em que foi registrada a primeira morte de um israelense no conflito.
INFOGRÁFICO: Confira no mapa de onde partem os ataques
Desde o início da operação contra o Hamas, lançada pelo exército de Israel no último dia 8 (a terceira ofensiva israelense em Gaza nos últimos seis anos), 194 palestinos morreram e mais de 1.400 ficaram feridos, conforme fontes médicas palestinas.
Um foguete lançado de Gaza ontem matou um civil israelense nos arredores da passagem de Erez, na divisa com a área controlada pelo Hamas. Um porta-voz de Israel disse à agência de notícias AFP que o homem entregava comida a soldados que atuam na região.
O plano egípcio de trégua, primeira tentativa de suspender o conflito, foi brevemente aceito por Israel, mas caiu por terra quando novos disparos foram feitos de Gaza em direção à cidade israelense de Ashdod; em seis horas, as hostilidades recomeçaram.
Estima-se que militantes do Hamas tenham disparado ontem mais de 120 foguetes e morteiros contra o território israelense; o sistema antimísseis de Israel, o Domo de Ferro, interceptou vários dos projéteis lançados na trégua. Ao anoitecer, mais de 40 foguetes atingiram Israel em questão de minutos.
Hamas "pagará o preço" por seguir lutando
Em discurso, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel não tinha alternativa senão responder com mais força ao Hamas e disse que o grupo "pagará o preço" por continuar lutando.
Os primeiros alvos da retomada dos bombardeios israelenses, segundo a AFP, foram a cidade de Khan Yunis, ao sul do território palestino, e o bairro de Zeitoun, localizado no leste de Gaza.
Segundo as Forças Armadas de Israel, foram 33 ataques ontem à tarde. Estima-se que, ao todo, desde 8 de julho, a aviação israelense tenha feito cerca de 1.700 ataques contra Gaza, enquanto militantes palestinos dispararam mais de 1.200 projéteis contra Israel.
Mais cedo, o chanceler israelense, o ultranacionalista Avigdor Lieberman, havia criticado a trégua e pedido a Netanyahu que enviasse o exército a Gaza. "Israel deve ir até o fim", disse.



