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Oriente Médio

Trégua em Israel falha e ofensiva contra Gaza é ampliada

“Hamas não nos deixou opção”, diz o premiê israelense, que considerava a via diplomática, mas disparos feitos de Gaza acabaram com essa possibilidade

Soldados israelenses dormem em Gaza: proposta egípcia de cessar-fogo deu em nada | Nir Elias/Reuters
Soldados israelenses dormem em Gaza: proposta egípcia de cessar-fogo deu em nada (Foto: Nir Elias/Reuters)

Israel retomou ontem o bombardeio contra a Faixa de Gaza após o grupo islâmico Hamas, que controla a região, ter rejeitado a proposta egípcia de cessar-fogo, e no mesmo dia em que foi registrada a primeira morte de um israelense no conflito.

INFOGRÁFICO: Confira no mapa de onde partem os ataques

Desde o início da operação contra o Hamas, lançada pelo exército de Israel no último dia 8 (a terceira ofensiva israelense em Ga­­za nos últimos seis anos), 194 palestinos morreram e mais de 1.400 ficaram feridos, conforme fontes médicas palestinas.

Um foguete lançado de Gaza ontem matou um civil israelense nos arredores da passagem de Erez, na divisa com a área controlada pelo Hamas. Um porta-voz de Israel disse à agência de notícias AFP que o homem entregava comida a soldados que atuam na região.

O plano egípcio de trégua, primeira tentativa de suspender o conflito, foi brevemente aceito por Israel, mas caiu por terra quando novos disparos foram feitos de Gaza em direção à cidade israelense de Ashdod; em seis horas, as hostilidades recomeçaram.

Estima-se que militantes do Hamas tenham disparado ontem mais de 120 foguetes e morteiros contra o território israelense; o sistema antimísseis de Israel, o Domo de Ferro, interceptou vários dos projéteis lançados na trégua. Ao anoitecer, mais de 40 foguetes atingiram Israel em questão de minutos.

Hamas "pagará o preço" por seguir lutando

Em discurso, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel não tinha alternativa senão responder com mais força ao Hamas e disse que o grupo "pagará o preço" por continuar lutando.

Os primeiros alvos da retomada dos bombardeios israelenses, segundo a AFP, foram a cidade de Khan Yunis, ao sul do território palestino, e o bairro de Zeitoun, localizado no leste de Gaza.

Segundo as Forças Arma­­das de Israel, foram 33 ataques ontem à tarde. Estima-se que, ao todo, desde 8 de julho, a aviação israelense tenha feito cerca de 1.700 ataques contra Gaza, enquanto militantes palestinos dispararam mais de 1.200 projéteis contra Israel.

Mais cedo, o chanceler israelense, o ultranacionalista Avigdor Lieberman, havia criticado a trégua e pedido a Netanyahu que enviasse o exército a Gaza. "Israel deve ir até o fim", disse.

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