• Carregando...
 | Pixabay
| Foto: Pixabay

Os preparativos e a realização da reunião de cúpula entre o presidente americano, Donald Trump, e o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, em Cingapura, agitou o mundo e ofuscou uma série de outros assuntos. O drama dos mais de 600 refugiados Itália e Malta não autorizaram que o navio Aquarius atracasse. 

O papa Francisco aceitou a renúncia de três bispos chilenos, entre eles Juan Barrios, de Osorno, pivô do acobertamento de crimes sexuais, que atingiu o país. 

Trump também esteve no centro das atenções, mas não em Cingapura. Ele foi criticado por aliados ao chamar o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, de desonesto e fraco, e por ter retirado o apoio ao comunicado conjunto dos países-membros do G-7, após a conclusão da reunião de cúpula realizada no fim de semana em Quebec, no Canadá. 

Espanha vai receber barco de refugiados rejeitado pela Itália 

Refugiados africanos no convés do barco francês Aquarius, que está se dirigindo para a Espanha após ser rejeitado por Itália e MaltaLOUISA GOULIAMAKI/AFP

 A Espanha receberá o barco Aquarius com 629 migrantes, atualmente em águas do Mediterrâneo, depois que Itália e Malta se negaram a acolhê-lo, anunciou nesta segunda-feira (11) o governo de Pedro Sánchez, afirmando que a decisão pretende evitar uma catástrofe humanitária. 

A nota diz ainda que o porto escolhido por Sánchez para a recepção do barco é o de Valencia, no leste do país. 

O Aquarius, fretado pela ONG SOS Méditerranée, resgatou no sábado (9) 629 migrantes, incluindo sete mulheres grávidas, 11 crianças pequenas e 123 menores de idade sem responsáveis, mas a embarcação está em 'stand-by' no mar, perto de Itália e Malta, que se negam a dar acesso a qualquer porto. 

Em um comunicado, o Acnur -braço da ONU para refugiados- fez um "apelo aos governos envolvidos para permitir o desembarque imediato de centenas de pessoas retidas no Mediterrâneo desde sábado a bordo de um barco de resgate, o Aquarius", e acrescentou que as "pessoas na embarcação estão ficando sem mantimentos". 

O ministro do Interior italiano e chefe do partido de extrema direita A Liga, Matteo Salvini, confirmou que não tinha intenção de voltar atrás. "Salvar vidas é um dever, transformar a Itália em um campo de refugiados, não, a Itália deixou de abaixar a cabeça e obedecer, desta vez TEM ALGUÉM QUE DIZ NÃO", escreveu Salvini em uma rede social. 

Vários portos italianos, no entanto, expressaram sua disposição de acolher o Aquarius.  

Papa aceita renuncia de bispos chilenos 

Bispo Juan Barrios é acusado de acobertar crimes sexuais realizados por padresVINCENZO PINTO/AFP

 O papa Francisco aceitou a renúncia de três bispos chilenos, anunciou o Vaticano. Entre os religiosos dispensados está Juan Barros, responsável pela diocese de Osorno, que está no centro do escândalo de acobertamento de crimes sexuais que atingiu a Igreja no país. 

Além de Barros, o papa também aceitou as renúncias de Cristian Caro Cordero, bispo de Puerto Montt, e de Gonzalo Duarte García de Cortazar, bispo de Valparaíso. 

Em uma decisão sem precedentes, 34 bispos do Chile ofereceram uma renúncia conjunta em 18 de maio depois de uma série de reuniões com o pontífice no Vaticano. 

Não ficou claro se a decisão desta segunda indica que o papa não irá aceitar as renúncias dos outros 31 bispos. 

Vários membros da hierarquia da Igreja Católica chilena são acusados de terem ignorado ou encoberto os abusos do padre chileno Fernando Karadima nos anos 1980 e 1990 -ele foi condenado por pedofilia em 2011 por um tribunal da Santa Sé. 

Karadima é considerado o mentor de Barros, que foi indicado pelo próprio Francisco como bispo de Osorno em 2015. 

A nomeação rendeu críticas ao pontífice, que chegou a fazer uma defesa do bispo em janeiro, quando visitou o Chile. Francisco, porém, decidiu rever sua posição após sofrer críticas e ver a popularidade da Igreja despencar no país. 

 

Aliados dos EUA criticam posição de Trump na reunião do G-7  

Primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, foi duramente criticado por Donald TrumpCole Burston/Bloomberg

Os aliados dos Estados Unidos se mostraram desapontados com as declarações do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre a conclusão do encontro de cúpula dos países mais industrializadas do mundo, que aconteceu no fim de semana em Quebec, no Canadá. 

O presidente americano chamou o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, de desonesto e fraco. O porta-voz da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, disse que a UE "apoia totalmente" o comunicado conjunto emitido pelo G-7 no sábado. Ele acrescentou que o presidente da comissão, Jean-Claude Juncker, agradece Trudeau "pela excelente preparação e condução dessa cúpula desafiadora". 

Inicialmente, Trump deu seu endosso ao comunicado. Horas mais tarde, porém, o presidente americano decidiu retirar seu apoio. Trump se queixou de ter sido surpreendido por críticas de Trudeau a suas ameaças tarifárias, durante coletiva de encerramento da cúpula.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]