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Passeata contra fechamento de TV na Venezuela

A manifestação atravessou as principais ruas da capital.

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O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela declarou inadmissível um hábeas corpus impetrado pela televisão privada RCTV, cuja licença de transmissão vence em 27 de junho. Com a negativa, fica praticamente descartada a hipótese de que a emissora continue no ar.

O recurso havia sido apresentado no Tribunal Supremo em 17 de abril por um grupo de diretores e trabalhadores do canal.

Mas os juízes consideraram o mesmo inadmissível, já que seria responsabilidade da Comissão Nacional de Telecomunicações "resolver o que diz respeito à aprovação, uso, revogação e demais relações que se produzam entre o Estado e a concessionária", segundo um comunicado do Tribunal Supremo.

Carlos Vecchio, um dos advogados da RCTV, lamentou a decisão se atenha a uma questão de procedimento e "não tenha tocado no tema de fundo, que é a liberdade de expressão".

O presidente Hugo Chávez anunciou no ano passado que seu governo decidiu não renovar a concessão de transmissão da RCTV, que está no ar na Venezuela há 53 anos.

O presidente venezuelano acusa o canal de televisão de ter participado no golpe de Estado que o tirou do poder por dois dias em abril de 2002.

Segundo as leis venezuelanas, o espaço radioelétrico é propriedade do Estado, administrado por uma entidade autônoma, a Comissão Nacional de Telecomunicações.

A não renovação da licença de transmissão da RCTV é reprovada abertamente por 70% dos venezuelanos, segundo pesquisas.

A medida provocou protestos da Anistia Internacional, da Sociedade Interamericana de Imprensa, dos Repórteres Sem Fronteiras, da Federação Internacional de Jornalistas e do Comitê para a Proteção dos Jornalistas.

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