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O opositor de Putin, Alexei Navalny, durante sessão no tribunal russo que o condenou a 19 anos de prisão no dia 4 de agosto
O opositor de Putin, Alexei Navalny, durante sessão no tribunal russo que o condenou a 19 anos de prisão no dia 4 de agosto| Foto: EFE

O Primeiro Tribunal de Apelações da Rússia rejeitou nesta terça-feira (26) um recurso da defesa do líder opositor Alexei Navalny e manteve sua sentença de 19 anos de prisão pelo crime de criar uma organização extremista.

"O tribunal considerou a apelação da defesa de Alexei Navalny e Daniel Kholodni e decidiu manter inalterada a decisão de primeira instância, além de não atender ao pedido da defesa dos condenados", determinou a Corte russa, segundo a agência de notícias Interfax.

De acordo com a decisão, o tempo que Navalny está preso será contado como parte da sentença.

O julgamento foi realizado a portas fechadas devido a um pedido do Ministério do Interior da Rússia, justificando o fato com as supostas intenções dos partidários do oponente de realizar provocações no tribunal.

Navalny participou da sessão por videoconferência, pois está em um presídio na região de Vladimir - a cerca de 200 quilômetros de Moscou -, onde já cumpre nove anos de prisão.

Após essa decisão, a sentença imposta em agosto entra em vigor e Navalny será transferido para uma prisão de alta segurança.

O líder da oposição foi condenado por criar uma organização extremista, o Fundo de Luta Contra a Corrupção (FBK), criado em 2011 e proibido de atuar há dois anos.

O FBK foi criticado e combatido pelo Kremlin porque denunciou o enriquecimento ilícito de funcionários de alto escalão, incluindo o presidente russo, Vladimir Putin, a quem acusou em 2021 de ter um palácio suntuoso às margens do Mar Negro.

O fundo também foi acusado de financiar e instigar atividades extremistas, criar uma organização que atentava contra os direitos dos cidadãos e envolver menores de idade em ações perigosas, em referência a manifestações da oposição não autorizadas pelo governo. (Com informações da Agência EFE)

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