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Oriente Médio

Tropas do Iraque estão preparadas, diz general dos EUA

Patreus disse que forças de segurança iraquianas estão capacitadas para conter violência. Prazo para retirada das tropas americanas no país termina nessa terça

Soldado americano pende a cabeça em uma espingarda, enquanto aguarda no veículo blindado a saída da última patrulha | Ahmad Al-Rubaye / AFP Photo
Soldado americano pende a cabeça em uma espingarda, enquanto aguarda no veículo blindado a saída da última patrulha (Foto: Ahmad Al-Rubaye / AFP Photo)

Horas antes do prazo para as tropas norte-americanas se retirarem das cidades do Iraque, o principal comandante militar dos Estados Unidos no Oriente Médio demonstrou confiança. O general David Petraeus afirmou que as forças de segurança locais estão preparadas para conter a violência no país apesar da série de ataques nos últimos dias. "Ainda que certamente haverá desafios - há muitos temas difíceis politicamente, temas sociais temas de desenvolvimento governamental -, nos sentimos confiantes nas forças de segurança iraquianas continuando o processo de assumir as tarefas de segurança em seu próprio país" afirmou o general.

As explosões, que mataram mais de 250 pessoas em pouco mais de uma semana, levantaram temores de que a violência possa se espalhar pelas áreas urbanas após a saída das tropas dos EUA. Porém, o governo iraquiano afirma que suas forças estão prontas e declarou a terça-feira o "Dia da Soberania Nacional", um feriado público marcado por festividades. As celebrações começaram nesta segunda em Bagdá com canções patrióticas soando em delegacias e postos de controle. Os veículos militares iraquianos estavam decorados com flores e bandeiras do país.

O prazo para a retirada das tropas de combate dos EUA das cidades do Iraque vai até esta terça, de acordo com um pacto bilateral. O texto prevê uma retirada total das forças norte-americanas do país até 2011. Alguns soldados permanecerão nas cidades para treinar e aconselhar as tropas locais, mas a maioria dos 130 mil homens dos EUA no país ficará fora dos centros urbanos. Petraeus demonstrou preocupação com o recente aumento dos atentados. Apesar disso, ele lembrou que a média atual de ataques fica entre 10 e 15 diários, abaixo dos 160 a cada 24 horas de junho de 2007.

O principal comandante dos EUA em Bagdá, general Daniel Bolger, também manifestou otimismo. "Se Deus quiser eles vão assumir esse desafio com coragem", disse ele, sobre a transferência de controle na cidade de 5 milhões de habitantes. Funcionários dos EUA e do Iraque já adiantaram que esperam um aumento na violência nos dias imediatamente posteriores à troca de comando. Petraeus afirmou que haverá centros de coordenação em Bagdá, Mossul e Basra, onde forças dos EUA dividirão informações de inteligência e atenderão a pedidos de ajuda dos iraquianos.

O ministro das Relações Exteriores iraquiano, Hoshyar Zebari, demonstrou pouca preocupação, qualificando o 30 de junho como "um dia importante na história iraquiana (...), que abrirá caminho para a completa retirada dos EUA e das forças estrangeiras do Iraque". Em Bagdá, a segurança foi reforçada com a proibição de motocicletas - usadas três vezes em recentes atentados - e com o reforço dos postos de controle e da checagem de documentos. O ministro de Interior, Jawad al-Bolani, negou a intenção de declarar um toque de recolher.

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