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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (28) que teve uma conversa por telefone “extremamente produtiva” com o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, com quem disse concordar em “muitas coisas”, e assegurou que se reunirão depois das eleições canadenses, marcadas para 28 de abril.
“Foi uma ligação extremamente produtiva. Concordamos em muitas coisas e nos reuniremos imediatamente depois das próximas eleições canadenses para trabalhar em questões de política, negócios e outros fatores que serão benéficos para os Estados Unidos e o Canadá”, escreveu Trump em sua rede social, a Truth Social.
Trump não deu detalhes sobre se chegou a um acordo com Carney sobre as tarifas de 25% que planeja impor na semana que vem sobre todos os automóveis exportados para os Estados Unidos, o que pode prejudicar particularmente a indústria automobilística canadense.
Esta foi a primeira conversa entre os dois líderes desde que Carney substituiu Justin Trudeau como primeiro-ministro em 14 de março.
Na quinta-feira, Carney já havia anunciado em uma entrevista coletiva que planejava falar com Trump “em breve”, dentro das próximas 24 ou 48 horas.
Na quarta-feira, o presidente dos EUA assinou uma ordem executiva impondo uma tarifa de 25% sobre automóveis importados, que entrará em vigor à meia-noite de 3 de abril.
A Casa Branca assegura que essa medida impulsionará a produção nacional, embora também possa levar a preços mais altos para os consumidores americanos e prejudicar as principais montadoras dos EUA que dependem de cadeias de suprimentos globais.
Para tentar amenizar o impacto na indústria automobilística dos EUA, Trump decidiu isentar temporariamente as peças automotivas fabricadas no México e no Canadá das tarifas de 25%.
Carney, que concorrerá para se manter no cargo nas eleições canadenses de 28 de abril, prometeu que seu país retaliará se Trump prosseguir com a imposição de tarifas na próxima semana.
Desde que chegou à Casa Branca em 20 de janeiro, Trump adotou um tom combativo em relação ao Canadá, chegando a afirmar que o país vizinho deveria se tornar o 51º estado dos Estados Unidos.
Essa postura gerou uma onda de oposição no Canadá, com iniciativas para promover o consumo de produtos nacionais e defender a soberania do país.
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Conteúdo editado por: Fábio Galão






