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"Relações comerciais desleais"

Trump anuncia investigação contra o Brasil e cita ataques a empresas dos EUA

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou tarifas de 50% sobre importados do Brasil e uma investigação comercial que pode afetar ainda mais a relação com o país sul-americano (Foto: EFE/EPA/WILL OLIVER / POOL)

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a abertura de uma investigação contra o Brasil por "práticas comerciais desleais", informação que consta na carta direcionada ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta-feira (9), na qual também revelou a imposição de tarifas de 50% sobre importações do país.

No documento, o mandatário americano cita “ataques contínuos do Brasil às atividades comerciais digitais de empresas americanas, bem como outras práticas comerciais desleais” para justificar as medidas.

"Estou instruindo o representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, a iniciar imediatamente uma investigação da Seção 301 no Brasil", informou Trump.

O dispositivo 301 faz parte da Lei de Comércio de 1974 dos Estados Unidos e é usado para investigar possíveis irregularidades em práticas comerciais com países estrangeiros.

Com a norma, o representante comercial pode aplicar medidas para evitar abusos econômicos contra os Estados Unidos, incluindo tarifas e restrições comerciais.

Na carta enviada a Lula nesta quarta-feira, Trump afirmou que os Estados Unidos tiveram "anos para discutir a relação comercial com o Brasil e concluímos que devemos nos afastar da relação comercial de longa data e muito injusta gerada pelas políticas tarifárias e não-tarifárias e pelas barreiras comerciais do Brasil. Nosso relacionamento tem estado, infelizmente, longe de ser recíproco".

Relembre ações contra Moraes nos EUA

A Trump Media, de propriedade do presidente Donald Trump, e a plataforma de vídeos Rumble entraram com ações na Justiça da Flórida contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Após o primeiro anúncio em fevereiro, no mês passado as empresas abriram um novo processo para investigar se o ministro brasileiro violou a soberania americana ao ordenar de forma sigilosa a exclusão de perfis de críticos do governo brasileiro que residem nos Estados Unidos das redes sociais, como o jornalista Allan dos Santos.

As ordens de Moraes proibiam o Rumble de divulgar o teor das ações judiciais, com risco da empresa ter seus serviços interrompidos no Brasil. Em 2023, a empresa americana deixou de operar no Brasil após acusar a Justiça brasileira, especialmente Moraes, de aplicar “ordens injustas de censura”.

Nos processos, a empresa de Trump argumenta que qualquer restrição ao Rumble afetaria diretamente a Trump Media and Technology Group Corp, que recebe dados de nuvem da Truth Social, rede de propriedade do presidente dos EUA.

Em junho, a nova ação acusa Alexandre de Moraes de impor censura a companhias dos EUA e de tentar aplicar decisões do STF contra plataformas que operam em solo americano.

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