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Presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, e Vladimir Putin, da Rússia, se reuniram na segunda em Helsinque | Chris Ratcliffe/Bloomberg
Presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, e Vladimir Putin, da Rússia, se reuniram na segunda em Helsinque| Foto: Chris Ratcliffe/Bloomberg

Mesmo depois do furor que seu encontro com o russo Vladimir Putin causou no país, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pretende convidar o mandatário da Rússia para uma nova cúpula, desta vez na Casa Branca -e em plena eleição americana.

O convite é para que o russo vá a Washington no outono americano (primavera no Brasil, período entre setembro e dezembro), período que ainda pode estar acontecendo a campanha para as eleições legislativas, marcadas para o início de novembro. 

A proposta promete aumentar a polêmica nos EUA, cujas agências de inteligência concluíram que o governo da Rússia interferiu no pleito que elegeu Trump, em 2016, roubando dados de eleitores e promovendo desinformação pela internet. 

Em nota, a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, afirmou nesta quinta-feira (19) que o convite faz parte de um diálogo entre os conselhos de segurança dos dois países e que a visita de Putin integraria esses esforços. 

O presidente americano defende o diálogo com os russos, argumentando que prefere a diplomacia ao confronto. Ele afirmou, em redes sociais, que, no próximo encontro com Putin pretende colocar em prática temas que já foram debatidos por eles, como terrorismo, Coreia do Norte, Israel, proliferação nuclear e paz no Oriente Médio. 

Numa entrevista ao lado de Putin nesta semana, Trump chegou a colocar em dúvida as conclusões do FBI sobre a interferência russa nas eleições do país -e depois voltou atrás, numa rara concessão, após ser criticado inclusive por aliados. 

Incômodo na Casa Branca

A aproximação do líder russo foi alvo de incômodo na própria Casa Branca: o diretor de inteligência nacional, Dan Coats, disse nesta quinta (19) que "teria sugerido um jeito diferente" de conduzir a reunião entre os presidentes, caso tivesse sido consultado. 

Em nota nesta semana, ele já havia se posicionado em favor das conclusões do FBI, dizendo que os russos mantêm "esforços contínuos e generalizados para minar a democracia [americana]".

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