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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, planeja demitir seu assessor de Segurança Nacional, Michael Waltz, e o vice da pasta, Alex Wong, segundo a imprensa americana, que informa que a demissão ocorrerá nesta quinta-feira (1º).
O gatilho pode ter sido o escândalo apelidado de “Signalgate”, que veio à tona depois que Waltz aparentemente incluiu por engano o editor-chefe da revista "The Atlantic", Jeffrey Goldberg, em uma sala de bate-papo no aplicativo Signal, na qual vários membros do gabinete conversaram durante quatro dias sobre os preparativos para um ataque militar no Iêmen em 15 de março.
No bate-papo, o secretário de Defesa, Pete Hegseth, acabou revelando informações confidenciais, incluindo alvos, recursos militares mobilizados e, com duas horas de antecedência, o cronograma de um ataque aos rebeldes houthis, o que poderia ter colocado em risco os militares dos EUA.
O próprio Waltz reconheceu o erro quando o caso veio à tona: “Assumo total responsabilidade. Eu criei o grupo. É uma vergonha. Vamos chegar ao fundo da questão”, disse ele à emissora Fox News. Mas, de acordo com "The Wall Street Journal", Trump e funcionários de alto escalão estavam insatisfeitos com ele mesmo antes da controvérsia.
O jornal destacou que ele contratou assessores que, segundo seus críticos, não convenceram a base mais radical de Trump, os chamados MAGA, acrônimo de seu slogan “Make America Great Again” (“Fazer os EUA grandes novamente”). Da mesma forma, suas posições sobre Ucrânia e Irã às vezes entravam em conflito com as de outras autoridades do governo por serem mais duras.
Funcionários de alto escalão do governo dizem que Waltz já havia sido afastado de negociações importantes, como a busca por um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, e embora devesse acompanhar Trump na última terça-feira em Michigan, no evento para comemorar os primeiros 100 dias de seu segundo mandato, acabou não comparecendo.
